Trump Impõe Sanções a Juízes do TPI Após Mandado de Prisão Contra Netanyahu

EUA sancionam juízes do TPI após mandado contra Netanyahu e investigação de crimes no Afeganistão.
Marco Rubio Marco Rubio
Marco Rubio deve ser indicado por Trump para assumir a Secretaria de Estado dos EUA | Foto: Gage Skidmore/Wikimedia Commons

Governo americano reage à decisão do TPI com retaliações diplomáticas e críticas à legitimidade da instituição

O governo do presidente anunciou esta semana sanções contra quatro ministros do Tribunal Penal Internacional (TPI), como resposta ao mandado de expedido contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e à abertura de uma investigação sobre supostos crimes de guerra cometidos por militares americanos no Afeganistão.

Os quatro ministros do TPI alvos das sanções são: Solomy Balungi Bossa, de Uganda; Luz del Carmen Ibáñez Carranza, do Peru; Reine Adelaide Sophie Alapini Gansou, do Benim; e Beti Hohler, da Eslovênia.

Declarações oficiais e críticas à legitimidade do TPI

Em publicação na Truth Social, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, acusou os juízes de estarem “envolvidos ativamente nas ações ilegítimas e infundadas do TPI contra os Estados Unidos ou nosso aliado próximo, Israel”. Rubio ainda criticou a condução do Tribunal, dizendo que se tornou politizado e “falsamente alega ter total discrição para investigar, acusar e processar”.

Segundo o secretário, esse comportamento representa “uma ameaça à soberania e à segurança nacional dos Estados Unidos e de Israel”.

Reação do Tribunal Penal Internacional

O Tribunal Penal Internacional respondeu por meio de nota oficial, na qual classificou a medida americana como “uma clara tentativa de minar a independência de uma instituição judicial internacional que opera sob o mandato de 125 Estados-Partes de todos os cantos do globo”.

A instituição ressaltou seu compromisso com a independência judicial e o cumprimento de sua missão, mesmo diante de pressões externas.

Estados Unidos e Israel não reconhecem o TPI

Vale lembrar que tanto os Estados Unidos quanto Israel não são signatários do Estatuto de Roma, o tratado fundador do Tribunal Penal Internacional. Por esse motivo, não possuem obrigação legal de acatar mandados emitidos pelo TPI, nem de entregar procurados à instituição quando estiverem em seus respectivos territórios.




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