Tribunal de Justiça de Goiás Gasta R$ 43 Mil com Cápsulas de Café

Compra é justificada como forma de criar ambiente de trabalho mais acolhedor
Corte Fez Um Estudo Técnico Preliminar Antes Da Compra De Cápsulas De Café Corte Fez Um Estudo Técnico Preliminar Antes Da Compra De Cápsulas De Café
Corte fez um estudo técnico preliminar antes da compra de cápsulas de café | Foto: Divulgação/TJ-GO

Compra é justificada como forma de criar ambiente de trabalho mais acolhedor

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) irá desembolsar R$ 43 mil para a compra de cápsulas de café destinadas aos gabinetes dos desembargadores. A aquisição, realizada na véspera do Natal, durante o recesso oficial do Poder Judiciário, gerou repercussão após ser divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A Corte justificou a despesa afirmando que as cafeteiras instaladas nos gabinetes ajudam a “promover um ambiente de trabalho mais confortável e acolhedor”.

Aquisição dispensou licitação

Por não ultrapassar o limite legal que exige processo licitatório, a compra foi feita diretamente com o fornecedor. As cápsulas adquiridas devem suprir a demanda do tribunal por aproximadamente cinco meses.

Atualmente, o Tribunal de Goiás conta com 78 desembargadores, o que significa que as cápsulas serão distribuídas para atender às necessidades individuais de cada gabinete.

Justificativa oficial: conforto e eficiência

Segundo o estudo técnico preliminar realizado antes da contratação – etapa obrigatória para qualquer órgão público – as cápsulas são consideradas indispensáveis para o funcionamento das máquinas de café expresso instaladas nos gabinetes.

O documento argumenta que, sem as cápsulas apropriadas, as máquinas “não poderão operar, tornando-se ineficazes”.

“As cápsulas compatíveis com essas máquinas oferecem uma ampla variedade de opções, incluindo cafés, chocolates quentes e bebidas geladas, atendendo a diferentes gostos e preferências”, diz o estudo obtido pelo Estadão.

Outro documento, elaborado pela Divisão de Material e Patrimônio, subordinada à Diretoria Administrativa, reforçou a importância da praticidade proporcionada pelas cafeteiras:

“As cafeteiras instaladas nos gabinetes trazem praticidade, evitando a necessidade de buscar café em outros locais.”

Críticas e repercussão

A compra de itens considerados supérfluos em um momento de crescente demanda por austeridade no uso de recursos públicos gerou críticas. Para alguns, a aquisição reforça o distanciamento entre privilégios concedidos a integrantes do Judiciário e a realidade enfrentada pela maioria da população brasileira.

No entanto, defensores da medida afirmam que despesas como essa são comuns em instituições públicas e que o impacto no orçamento é pequeno em relação ao total de gastos do tribunal.



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