Justiça

Torres guardava proposta para decretar estado de defesa, diz jornal

Documento permitiria apurar atuação de Alexandre de Moras no TSE

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres guardava em casa uma proposta de decreto para que o ex-presidente Jair Bolsonaro, então no poder, decretasse estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter o resultado do pleito que elegeu como presidente. O documento foi encontrado pela Polícia Federal no armário de Torres.

De acordo com a publicação, o documento teria o objetivo de apurar a conduta do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, como suspeição, abuso de poder e medidas ilegais adotadas por Moraes antes, durante e depois das eleições.

Anderson Torres virou alvo da Justiça desde a invasão das sedes dos Poderes, no último domingo (8). Com a depredação do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, Torres foi demitido no mesmo dia pelo governador do DF, Ibaneis Rocha. Ibaneis acabou afastado do cargo, em decisão monocrática, por Alexandre de Moraes. As informações são do Diário do Poder.

Torres diz que ia destruir o documento

Após a publicação desta notícia, o ex-ministro Anderson Torres se manifestou nas redes sociais, negando a autoria do documento e dizendo que ia destruí-lo. Veja a íntegra da nota:

“No cargo de Ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. Cabe a quem ocupa tal posição, o discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil.

Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim.

Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro.”

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Um Comentário

  1. Não acredito q ele seria burro a esse ponto. Isso cheira fake news.
    Esse tipo de material, se existiu, teria sido destruido ato contínuo à viagem do JB.

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