Thiago Ávila, preso em Israel, anuncia greve de sede para exigir medicamentos a ativistas detidos

Thiago Ávila, preso em Israel, entra em greve de sede exigindo medicamentos para ativistas detidos com ele na Flotilha Global Sumud.
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Foto: Arquivo Pessoal

Brasileiro já estava em greve de fome e agora promete não beber água até que colegas recebam tratamento médico

O ativista brasileiro Thiago Ávila, coordenador internacional da Global Sumud Flotilha, declarou neste sábado (4) que não beberá mais água até que os demais militantes presos em Israel tenham acesso a medicamentos essenciais. A decisão foi anunciada durante uma audiência na corte israelense, segundo comunicado da própria organização.

“Foi comunicado pela advogada responsável que o coordenador internacional da Global Sumud Flotilha, Thiago Ávila, informou durante audiência perante a corte israelense que não iria mais beber água até que fossem entregues medicações essenciais que têm sido negadas aos participantes”, afirmou a nota oficial.

A Global Sumud Flotilha, formada por mais de 40 embarcações, foi interceptada pela israelense quando navegava em direção à Faixa de sob o argumento de entregar ajuda humanitária.


Denúncias de falta de remédios e condições precárias

Durante as audiências judiciais, ativistas detidos relataram que estão sem acesso a tratamento médico e sem medicamentos vitais, incluindo remédios para hipertensão, doenças cardíacas e câncer.

O movimento afirma que a recusa de medicamentos representa uma violação de direitos humanos e que a greve de sede de Thiago tem como objetivo pressionar as autoridades israelenses a permitir o fornecimento dos insumos.

Thiago Ávila já havia aderido a uma greve de fome, junto aos brasileiros João Aguiar, Bruno Gilga e Ariadne Telles, em protesto contra o que chamam de “sequestro em águas internacionais”.


Prisões e acusação de “farsa humanitária”

No total, 14 brasileiros integravam a flotilha, que foi interceptada em águas internacionais por forças israelenses e levada para a de Ktzi’ot, no deserto de Negev, próximo à fronteira com o Egito.

Os ativistas afirmam que estão isolados, aguardando deportação para a Europa, e que a greve tem também caráter simbólico, em protesto contra o bloqueio israelense à Faixa de Gaza.

O governo de Israel, por sua vez, nega abusos e afirma que os presos estão em segurança e com boa saúde. Em comunicado divulgado pela embaixada israelense no Brasil, o país classificou a ação da flotilha como uma “provocação política”.

“Procedimentos estão em andamento para encerrar a provocação do Hamas-Sumud e finalizar a deportação dos participantes dessa farsa. Todos estão seguros e com boa saúde”, afirmou a nota.
“Qualquer ajuda que esses barcos pudessem ter transportado poderia ter sido entregue pacificamente a Gaza. Isso não passou de uma provocação.”

Israel também alegou que nenhum material humanitário foi encontrado nas embarcações interceptadas, contrariando o discurso dos ativistas.


4 comments
  1. Poxa, sinceramente, se está deixando de comer e beber por vontade própria, que leve até às últimas consequências para se tornar um mártir.

    Torço para que Israel não ceda nem um milímetro e que os esquerdopatas tenham que se contentar em reconhecer a legalidade e a legitimidade das ações de Israel em Gaza.

    1. Se estão doentes precisando de medicamentos, o que estavam fazendo nos barcos? Na minha opinião são arruaceiros que fazem de tudo por cinco minutos de fama. Aquela Thumberg é só mais uma milionária mimada, querendo fazer de conta que tem utilidade.

  2. Só greve de sede? Vai continuar comendo legal, e substituído a água (ou champagne) por melancia?

    Alguém explica prá ele que greve é parar tudo. Meia greve não existe.

    O cara deve ser mais um acéfalo esquerdopata…

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