Governador destaca ação no setor de combustíveis como a maior já feita no país e elogia atuação conjunta das forças policiais
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comemorou nesta quinta-feira (28) a deflagração de uma megaoperação contra o crime organizado, especificamente o PCC, com foco no setor de combustíveis. A ação, que envolveu o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Federal, teve como alvo um dos esquemas de lavagem de dinheiro mais sofisticados em atividade no país.
“Dia histórico no enfrentamento ao crime organizado”, declarou Tarcísio em vídeo nas redes sociais. “A maior operação de inteligência e combate ao crime organizado no setor de combustíveis da história, a Carbono Oculto, foi deflagrada na manhã de hoje”, afirmou.
Crime organizado infiltrado no setor de combustíveis
Tarcísio lembrou que, já em 2023, havia alertado sobre o risco de mais de 1.100 postos de combustíveis estarem envolvidos com a lavagem de dinheiro ligada ao crime organizado. “Na época, essa declaração repercutiu muito, e escancarou um problema: a infiltração do crime organizado no setor de combustíveis”, disse.
Para o governador, os criminosos estariam distorcendo o mercado ao competir de forma desleal com empresas que atuam legalmente. Ele elogiou o trabalho do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e das polícias estaduais e federais, destacando a coragem de enfrentar grupos “que se achavam intocáveis”.
“As facções estão sendo enfrentadas como nunca antes, e a mensagem é clara: em São Paulo, o crime organizado não terá vez!”, concluiu.
Força-tarefa nacional atinge “andar de cima” da facção
A operação desta quinta-feira reuniu esforços do MP-SP e da Polícia Federal, sob o nome de três frentes principais: Carbono Oculto, Quasar e Tank. Os alvos foram empresas e pessoas envolvidas em um esquema que, segundo as investigações, teria movimentado R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, utilizando cerca de 1.000 postos de combustíveis para lavar dinheiro do PCC.
Operação atinge empresas na Faria Lima
A força-tarefa cumpriu 350 mandados de busca e apreensão em oito estados, atingindo empresas de fachada e instituições financeiras utilizadas para ocultar patrimônio. Só na região da Faria Lima, centro financeiro de São Paulo, cerca de 40 endereços foram vistoriados.
Entre os alvos está a Reag Investimentos, uma das maiores gestoras de recursos do país, listada na B3. A empresa é investigada por supostamente ter sido usada como meio de ocultação de recursos ilícitos ligados à facção.