STM rejeita mais de 20 ações contra Alexandre de Moraes

Superior Tribunal Militar descarta mais de 20 ações contra Ministro Alexandre de Moraes
Moraes Moraes
Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Superior Tribunal Militar descarta mais de 20 ações contra Ministro Alexandre de Moraes

O Superior Tribunal Militar (STM) descartou mais de 20 ações contra o ministro , do Supremo Tribunal Federal (STF), nos últimos meses do governo (PL). As ações, movidas por aliados de Bolsonaro, buscavam questionar decisões de Moraes e incluíam pedidos extremos, como sua prisão.

Justiça Militar Declara Incompetência

As ações, que variaram de habeas corpus a notícias-crime e pedidos de salvo-conduto, foram rejeitadas pelo STM sem análise de mérito. A Corte enfatizou que não tem competência para julgar ministros do STF.

“Qualquer alegação ou iniciativa que desvie dos princípios constitucionais ou atribua à Corte funções alheias à sua competência legal é incompatível com o papel desta instituição”, afirmou o STM em nota.

Contestações Envolviam Eleições de 2022

Grande parte das ações estava relacionada às decisões de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2022 e sua atuação posterior. Entre as acusações estavam:

  • Abuso de autoridade
  • Constrangimento ilegal contra bolsonaristas
  • Crimes contra a segurança nacional e ordem política

Ações também criticaram a atuação de Moraes em relação aos acampamentos próximos às Forças Armadas e às prisões de figuras como o pastor José Acácio Serere Xavante, acusado de ameaças e perseguições.

Tentativa de Salvo-Conduto

Alguns pedidos visavam proteger aliados de Bolsonaro, como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o tenente-coronel Mauro Cid e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente após os eventos de 8 de janeiro.

Advogados alinhados ao ex-presidente argumentaram atuar “em nome da sociedade brasileira”, mas suas demandas também foram consideradas alheias à jurisdição do STM.

Investigação e Indiciamentos

Nesta semana, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Apesar disso, o STM reafirmou que não tem envolvimento em articulações que extrapolem sua competência constitucional.

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