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Senador: Postura de Barroso ‘é de militante político de esquerda’

Luiz do Carmo usou rede social para criticar o ministro

Nesta quinta-feira (17), o senador Luiz do Carmo usou as redes sociais para criticar o discurso de despedida do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso. O senador se manifestou após as críticas de Barroso ao presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Luiz do Carmo, o posicionamento do ministro “é de um militante político de esquerda”.

– Por favor, se coloque em seu papel constitucional de guardião da Constituição, Luís Roberto Barroso (STF). Em seu discurso de despedida do TSE, seu posicionamento é de um militante político de esquerda. O Sr. não fala em nome da população brasileira e não recebeu votos para estar aí – escreveu.

O senador afirmou ainda que a postura de Barroso está manchando a imagem do STF.

– Essa instituição (STF) é sagrada e muito importante pro Brasil. Juiz fala nos autos, e muitos estão dando sentença pelo Twitter. Essa postura de fazer política não nos levará a nada. Saia do cargo e se candidate a um cargo político. Aí, sim, poderá falar em nome dos brasileiros. Pare de tensionar a corda. Isso está fazendo muito mal ao Brasil. Se coloque em seu lugar de Juiz da Suprema Corte. Pare de atacar o presidente @jairbolsonaro e a direita. Isso já está explícito em seu discurso. Esta postura está manchando a imagem do STF – apontou o senador.

O DISCURSO DE BARROSO

A cinco dias de passar a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para Edson Fachin, o ministro Luís Roberto Barroso proferiu nesta quinta-feira um discurso de despedida repleto de “recados” dirigidos ao presidente Jair Bolsonaro.

Nas palavras do magistrado, “nos últimos tempos” a democracia e as instituições “passaram por ameaças das quais acreditávamos já haver nos livrado”.

Barroso afirmou que o presidente Jair Bolsonaro ordenou que caças sobrevoassem a Praça dos Três Poderes em rasantes para quebrar vidraças da sede do STF. A afirmação foi com base nas declarações do ex-ministro da Defesa e Segurança Pública Raul Jungmann, em agosto de 2021.

O desfile de tanques de guerra na Praça dos Três Poderes e os atos de 7 de setembro também foram lembrados pelo ministro, em uma lista que também contém:

– Comparecimento à manifestação na porta do comando do Exército, na qual se pedia a volta da ditadura militar e o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal;

– Pedido de impeachment de ministro do STF em razão de decisão judicial que desagradava;

– Ameaça de não concessão de emissora que faz jornalismo independente;

– Agressões verbais a jornalistas e veículos de imprensa.

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