Pastor já aguarda sabatina da CCJ há 65 dias
Enquanto a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) segue sem data marcada, senadores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) dividem a expectativa de que o pastor desista de sua candidatura ao Supremo.
As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Segundo ela, a ideia é apoiada por senadores governistas que duvidam da aprovação de Mendonça pelo Senado. O presidente Jair Bolsonaro, porém, já sinalizou que não irá tomar a iniciativa de retirar a indicação do pastor. O próprio Mendonça teria demonstrado resistência à sua desistência. Ele pretende manter seu nome até o fim, pressionando o Senado a votar sua indicação.
Parte dos parlamentares são contrários à nomeação do advogado como ministro do STF para evitar que a Corte tenha mais um ministro alinhado aos ideais do presidente. Não raro, o ministro Kassio Nunes Marques, único integrante da corte indicado por Bolsonaro até o momento, defende pautas parecidas com as adotadas pelo chefe do Executivo.
Mendonça foi indicado para o cargo no dia 13 de julho e já aguarda pela sabatina há 65 dias. Entre os atuais ministros da Corte, o maior tempo registrado entre a indicação e a oitiva foi de oito dias.