Primeira-dama, que não ocupa cargo oficial, integrará comitiva liderada por Wellington Dias
A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, foi oficialmente designada para representar o Brasil na 48ª Sessão do Conselho de Governança do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), que acontecerá entre os dias 9 e 14 de fevereiro, em Roma, na Itália. O decreto que formaliza sua participação foi publicado nesta sexta-feira (7) no Diário Oficial da União (DOU).
Janja fará parte da comitiva liderada pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e participará da reunião que definirá o novo presidente da Aliança Global de Combate à Fome. O grupo busca garantir apoio à candidatura brasileira à presidência da entidade, que conta com 142 membros, incluindo países, instituições internacionais e organizações não governamentais (ONGs). A iniciativa foi lançada na última Cúpula de Líderes do G-20, realizada no Rio de Janeiro, em novembro de 2023.
Janja Destaca Importância da Viagem
Em nota divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Janja ressaltou a relevância do evento para apresentar ao mundo os resultados das políticas sociais implementadas pelo governo Lula.
“Semana que vem estaremos nessa agenda muito importante, eu e o ministro Wellington Dias, em Roma. 2025 vai ser um ano de muito trabalho, vamos mostrar um pouco dos resultados dos programas e das políticas sociais do governo do presidente Lula”, declarou a primeira-dama.
Críticas à Participação de Janja, que Não Tem Cargo Público
Apesar de não ocupar nenhum cargo oficial no governo federal, Janja tem tido presença ativa em eventos institucionais e missões internacionais, levantando questionamentos sobre sua real função e sua legitimidade para representar o Brasil em encontros oficiais.
A oposição argumenta que sua participação nesses compromissos não tem respaldo legal e levanta suspeitas sobre o uso de recursos públicos para viagens e diárias.
Nesta semana, o deputado federal Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara dos Deputados, protocolou requerimentos solicitando informações sobre a atuação da primeira-dama, seus gastos com passagens e diárias no exterior, e a legalidade de sua participação em eventos internacionais.
A iniciativa, apelidada de “Pacote Anti-Janja”, também inclui pedidos de esclarecimento aos ministros da Casa Civil, da Controladoria-Geral da União, das Relações Exteriores, da Fazenda e do Planejamento sobre possíveis violações de normas de ética pública.
A medida ocorre no momento em que o Ministério Público Federal (MPF) conduz uma investigação sobre supostas irregularidades envolvendo familiares do presidente Lula.
Uso da Estrutura do Governo por Janja Levanta Questionamentos
O principal ponto de crítica é o fato de Janja não ter cargo no governo, mas ainda assim desempenhar funções que normalmente caberiam a um ministro ou representante oficial. Parlamentares da oposição apontam que, sem um mandato ou função pública, sua participação em eventos internacionais fere os princípios de legalidade e impessoalidade na administração pública.
A presença da primeira-dama em compromissos oficiais tem sido constante desde o início do governo Lula, levantando suspeitas sobre um possível uso da máquina pública para promover uma figura sem legitimidade institucional.
Até qdo teremos que ser representados por uma pessoa tão desclassificada como esta?????
Se nos EUS yá aquela M, qual o problema?