Exoneração foi oficializada na edição desta quinta-feira, 19, do Diário Oficial da União
Após duas semanas de ter dispensado Silvio Almeida do Ministério dos Direitos Humano, o governo prosseguiu com a exoneração de Cláudio Augusto Vieira da Silva, que exercia o cargo de secretário da Criança e do Adolescente da mesma pasta. Silva é acusado de praticar assédio moral contra seus subordinados. A oficialização de sua demissão ocorreu na edição de quinta-feira, 19, do Diário Oficial da União.
Silva, um dos principais conselheiros do ex-ministro, também foi demitido após alegações de assédio. Conforme relatado pelo jornal O Globo, o secretário estava lidando com pelo menos 14 acusações de assédio, a maioria delas feitas por mulheres.
As primeiras denúncias foram arquivadas em janeiro. Na semana passada, sob a liderança da nova ministra, Macaé Evaristo, o ministério reabriu as investigações após o surgimento de novas denúncias.
Demissão de Silvio Almeida por assédio é caso sem precedentes
Desde a redemocratização em 1985, Silvio Almeida tornou-se o primeiro ministro no Brasil a ser demitido por “assédio sexual”. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Brasília, não houve denúncias desse tipo contra nenhum membro de alto escalão do governo federal.
A história de assédio atribuída a Almeida foi primeiramente divulgada pelo portal Metrópoles, destacando a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como uma das prejudicadas pelo ex-ministro. A administração julgou inviável a permanência do ministro na posição, levando em conta a gravidade das acusações de assédio sexual.
Em resposta às alegações, o ex-responsável pelos Direitos Humanos nega qualquer envolvimento em atividades criminosas e descreve as acusações como “ilações absurdas”. Almeida também declarou que foi ele quem solicitou sua própria demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações são da Revista Oeste.