Rombo de R$ 234,3 bilhões nas contas públicas marca o 1º ano do governo Lula, segundo Ipea

Superávit de R$ 59,74 bilhões marcou último ano do governo Bolsonaro em 2022

O primeiro ano do terceiro mandato de Luiz Inácio da Silva como Presidente da República no Brasil, 2023, terminou com um déficit primário nas contas públicas de R$ 234,3 bilhões. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou esses dados preliminares na sexta-feira, 12.

O Tesouro Nacional publicará o resultado oficial das finanças públicas do ano passado. O dado final será divulgado no final deste mês.

O Ipea relata que o primeiro ano do governo Lula terminou com um déficit de R$ 234,3 bilhões nas contas públicas.

O cálculo do resultado primário é feito através da diferença entre receitas e despesas, sem considerar o pagamento dos juros da dívida pública.

A informação engloba todas as gestões do governo central, incluindo o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central.

O déficit primário ultrapassou a meta estipulada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), fixada em R$ 231,5 bilhões para o ano de 2023.

Bolsonaro encerrou mandato com contas governamentais no azul

No último ano do mandato de , em 2022, um superávit de R$ 59,74 bilhões foi registrado nas contas públicas.

Caso se confirme um déficit de R$ 234,3 bilhões em 2023, isso representará uma deterioração de R$ 294 bilhões no resultado das contas públicas do Brasil.

Presidente Jair Bolsonaro E O Ministro Paulo Guedes Foto, PR,Isac Nóbrega

Aumento dos Gastos do Governo Lula Leva Contas Públicas ao Vermelho

De acordo com informações do Ipea, houve um aumento real de 12,9% nas despesas totais do governo em relação a 2022, atingindo um valor de R$ 1,92 trilhão.

A receita líquida do governo atingiu R$ 2,388 trilhões, representando uma redução de 2,9% em comparação a 2022, ano em que foi de R$ 2,461 trilhões.

A arrecadação não gerida pela Receita Federal também sofreu uma queda, totalizando R$ 86,8 bilhões.

Em 2023, houve um aumento de 4,6% no pagamento de benefícios previdenciários, subindo de R$ 846,9 bilhões para R$ 885,7 bilhões.

Os gastos com funcionários e contribuições sociais diminuíram 0,7%, indo de R$ 359 bilhões para R$ 356 bilhões.

A situação das contas públicas se agravou ainda mais com a decisão do governo de pagar R$ 93,1 bilhões em precatórios, tomada em meados de 2023. Se não fosse por esses precatórios, o déficit nas contas públicas seria de R$ 141,2 bilhões. As informações são da Revista Oeste.

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