Prefeito de São Paulo declara que o funkeiro Oruam não terá espaço em eventos financiados com recursos públicos
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta segunda-feira, 10, que o funkeiro Oruam “não vai ter espaço” em eventos financiados com recursos públicos da capital paulista. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa, enquanto Nunes anunciava um novo pacote de investimentos em cultura.
Prefeito Critica Artista e Apoia Projeto de Lei
Questionado sobre o tema, o prefeito não hesitou em criticar o funkeiro:
“Para você ver que tenho um bom gosto para música, nunca ouvi a música desse cara.”
A declaração ocorre no contexto de um projeto de lei apelidado de “Lei anti-Oruam”, de autoria da vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil). Embora o texto do projeto não cite nominalmente o músico, ele é o principal alvo, conforme demonstrado por vídeos e conteúdos publicados pela parlamentar.
Nunes reforçou que artistas que fazem apologia ao crime não terão espaço nos eventos públicos da cidade:
“Evidentemente, se essa pessoa faz qualquer tipo de apologia ao crime, aqui nos palcos de São Paulo, com recurso público, ela não vai ter espaço.”
Projeto de Lei Contra Apologia ao Crime
O projeto de Vettorazzo propõe que eventos financiados pela administração municipal, principalmente aqueles destinados ao público infantojuvenil, incluam uma cláusula proibindo a apologia ao crime e ao uso de drogas.
“Nas contratações de shows, artistas ou eventos de qualquer natureza feitas pela administração pública municipal, que possam ser acessadas pelo público infantojuvenil, dever-se-á ter uma cláusula de não expressão de apologia ao crime e ao uso de drogas, em que o contratado deverá se comprometer a não quebrá-la”, diz o texto do projeto.
Em caso de descumprimento, o projeto prevê:
- Rescisão do contrato;
- Multa no valor integral do cachê, revertida para o ensino fundamental da rede municipal.
A medida também permite que qualquer cidadão denuncie infrações por meio da Ouvidoria do Município.
Quem é Oruam?
Mauro Davi dos Santos, conhecido como Oruam, tem 25 anos e soma mais de 13 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Com um visual característico, ele se tornou presença constante nos principais festivais de música do Brasil.
Oruam é filho de Marcinho VP, traficante preso por crimes como homicídio e tráfico de drogas. O funkeiro homenageia frequentemente o pai e Elias Maluco — condenado pelo assassinato brutal do jornalista Tim Lopes — em músicas, roupas, tatuagens e pronunciamentos.
Seus temas incluem ostentação, sexo, drogas e referências à sua família, gerando polêmica e atraindo críticas de setores da sociedade.
Defesa de Nunes e Repercussão
Durante a coletiva, Nunes defendeu a vereadora Amanda Vettorazzo e seu projeto, destacando que o objetivo da proposta não é atacar o funk como expressão cultural, mas proteger crianças e adolescentes de conteúdos que glamurizam o crime:
“Seria até injusto colocar para vereadora como se ela estivesse fazendo qualquer tipo de ação contra o funk ou qualquer outro tipo de expressão cultural.”
Nas redes sociais, Vettorazzo tem sido incisiva em suas críticas ao funkeiro, afirmando que busca “proibir Oruam de fazer show na cidade de São Paulo”. Segundo ela, o músico usa sua popularidade para endossar atividades ligadas à “facção comandada pelo pai”.
SERA QUE NÃO TEM COMO MANDAR ESSE CARA PRA MICRO ONDA IGUAL SEU PAI FEZ COM. ( TIM LOPES)
Já que ele gosta tanto…
Maravilha!! Parabéns prefeito Ricardo Nunes e vereadora Amanda Vettorazzo pelas atitudes corajosa e pronta resposta ao absurdo provocado por esse sujeito. AQUI NÃO É TERRA DE NINGUÉM…AQUI É SAO PAULO!!
Parabéns Prefeito e Vereadora pela sua atititude. Isso aqui não é a casa de mãe Joana, nem terra de ninguém nguem.