Animais estavam doentes, sujos e cercados por lixo; resgate ocorreu após acionação policial
Mais de cem cães em condições deploráveis foram encontrados em uma casa no Brooklyn, em Nova York (EUA), na quinta-feira (26/06). A descoberta ocorreu após a morte de Eileen Horn, uma das moradoras da residência, com 73 anos de idade. A ação de resgate foi realizada por autoridades e organizações não governamentais.
De acordo com a emissora “ABC 7”, a polícia foi chamada através de uma ligação para o serviço de emergência 911, que relatava a morte da idosa. Ao chegar à casa localizada na 66th Street, no bairro de Mill Basin, os agentes se depararam com o corpo entre pilhas de lixo, cercado por uma multidão de cães doentes e malcuidados.
Situação dos animais era de total negligência
Segundo informações do abrigo Animal Care Centers of NYC (ACC), que atuou no resgate com apoio da American Society for the Prevention of Cruelty to Animals (ASPCA), os cães estavam em condições alarmantes de negligência. Em um dos cômodos, uma cadela dava à luz no momento em que os socorristas entraram.
“Eles estavam muito nervosos, mas acho que estavam muito felizes por estarem longe do cheiro e por serem tosados. Muitos deles tinham pelos emaranhados, o que era muito doloroso porque puxava os pelos da pele”, declarou Katy Hansen, diretora de comunicações do ACC.
115 cães foram retirados da casa, cinco deles já estavam mortos
No total, 115 cães foram resgatados do local, incluindo cinco que já estavam mortos. Imagens divulgadas pelo abrigo mostram os animais cobertos de sujeira e com os pelos extremamente embolados, sobrevivendo em condições que foram classificadas como “terríveis”.
“Casa de horrores” em meio a bairro valorizado
Os vizinhos chamavam o local de “casa dos horrores“. A residência, avaliada em mais de US$ 1,3 milhão (equivalente a R$ 7,11 milhões), parecia abandonada, com forte odor e barulho constante vindo dos cães.
“Que cheiro! Tão tóxico que você nem consegue respirar”, relatou a vizinha Leeora Bernstein.
“Os policiais costumavam vir, bater na porta e eles não eram deixados entrar. Diziam que não tinham causa provável para arrombar a porta”, contou o vizinho Alex Zinger.
A outra irmã de Eileen ainda estava viva e foi atendida por uma equipe médica no local. Até o momento, ela e seus familiares não foram localizados pelas autoridades.
Falta de energia agrava condição das moradoras
A residência também estava sem eletricidade, o que agravou a situação durante uma onda de calor histórica. No dia 24/06, os termômetros no Aeroporto John F. Kennedy registraram 38ºC, evidenciando a ausência de condições mínimas de conforto térmico no local.
A comunidade se mobiliza em apoio aos animais
Nas redes sociais, o ACC agradeceu o apoio recebido:
“De abrigos e grupos de resgate a lares temporários, transportadores, tosadores e doadores, vocês se esforçaram por esses cães de maneiras que nunca esqueceremos”, publicou a instituição.