Proposta de deputada estabelece regras para restringir o ‘mercado de palestras’ de autoridades dos três Poderes

O projeto que regula a participação de autoridades dos 3 Poderes em palestras foi apresentado pela deputada federal Adriana Ventura
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Foto: Antonio Augusto/STF

O projeto que regula a participação de autoridades dos 3 Poderes em palestras foi apresentado pela deputada federal Adriana Ventura

A parlamentar Adriana Ventura (Novo-SP) propôs um projeto de lei na Câmara dos Deputados que estabelece regras para a remuneração em palestras e eventos por autoridades do Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas.

De acordo com a proposta, co-autoria do deputado Ricardo Salles (Novo-SP), a remuneração pela participação deve ser incluída na agenda pública de compromissos das autoridades, oferecendo transparência ao nome, objetivo, local da palestra, data de participação, valor da remuneração e identificação dos financiadores.

O texto do projeto também afirma que as autoridades devem se recusar a participar de processos administrativos ou judiciais que envolvam financiadores de palestras ou eventos que lhes tenham pago, ou escritórios de advocacia associados a seus parentes até o terceiro grau. Aqueles que violarem essas regras estarão sujeitos a responsabilização ético-disciplinar.

Proposta veio para coibir farra de palestras no Poder Judiciário 

A sugestão foi apresentada ao Legislativo após o Estadão expor que ministros de tribunais superiores e desembargadores têm atuado em um mercado de palestras, que tem proporcionado lucros financeiros adicionais para eles próprios.

A remuneração tem sido garantida para participações em eventos promovidos por entidades empresariais, conselhos profissionais e até mesmo tribunais, chegando em alguns casos a pagar até R$ 50 mil por uma hora de palestra.

Adriana Ventura acredita que o projeto ainda seria um pequeno passo, já que não abrange eventos não remunerados. “Regras mínimas de prevenção de conflito de interesses são necessárias para resgatarmos a confiança nas instituições”, afirma a deputada. 

Foi revelado pelo Estadão que a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) mantém em segredo as agendas de suas reuniões e eventos diários. Isso inclui, entre outras coisas, reuniões com advogados e eventos patrocinados.

Por exemplo, neste ano, a British American Tobacco, anteriormente conhecida como Souza Cruz, foi patrocinadora de um evento que contou com a presença de ministros do STF em Londres. A empresa tem processos pendentes na Corte.

“A grande questão é dar transparência, imparcialidade e dar um conforto à população de que as coisas estão sendo feitas da forma correta”, disse a parlamentar. 

Veja quem estaria sujeito à legislação: 

  • O presidente da República, governadores e prefeitos; 
  • Ministros de Estado, secretários executivos e secretários especiais; 
  • Secretários e subsecretários estaduais e municipais; 
  • Diretores de empresas públicas, sociedades de economia Mista, autarquias e fundações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios; 
  • Senadores; 
  • Deputados federais; 
  • Deputados estaduais, deputados distritais; 
  • Vereadores; 
  • Juízes; 
  • Desembargadores; 
  • Ministros de Tribunais Superiores; 
  • Membros do Ministério Público da União; 
  • Membros dos Ministérios Públicos estaduais; 
  • Membros dos Ministérios Públicos estaduais; 
  • Ministros do Tribunal de Contas da União; 
  • Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais, Distrital e dos Conselhos dos ministros do Tribunal de Contas da União; 
  • Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais, Distrital e dos Conselhos distrital e dos Conselhos dos 
  • Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais, Distrital e dos Conselhos dosnistros do Tribunal de Contas da União;onselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais, Distrital e dos Conselhos dosuais, Distrital e dos Conselhos dostaduais, Distrital e dos Conselhos dosuais, Distrital e dos Conselhos dos Municípios; 
  • Membros do Ministério Público junto às Cortes de Contas. 

As informações são da Revista Oeste. 



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