Promotoria em alerta com a libertação do ‘Maníaco do Parque’, psicopata matou 7 mulheres

Francisco de Assis Pereira: Condenado a 300 anos de prisão, mas legislação limita pena a 30 anos
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Em 2002, a Justiça condenou o Maníaco do Parque a 268 anos de prisão pelos crimes cometidos | Foto: Reprodução/Twitter/X

Francisco de Assis Pereira: Condenado a 300 anos de prisão, mas legislação limita pena a 30 anos

Segundo a lei brasileira, que estabelece um limite de 30 anos de encarceramento, Francisco de Assis Pereira, o “Maníaco do Parque”, poderá ser libertado em 2028. O condenado recebeu uma sentença de quase 300 anos de prisão.

O promotor Edilson Mougenot Bonfim, que trabalhou no caso de Pereira mais de duas décadas atrás, expressou ao site Migalhas sua preocupação sobre a reintegração do serial killer na sociedade. O “psicopata” foi responsável pela morte de sete mulheres e pelo estupro de nove vítimas entre os anos de 1997 e 1998.

“Não sou eu com opinião pessoal, é a ciência que diz isso”, afirmou Bomfim. “É unânime na psiquiatria mundial que pessoas que sofrem desse transtorno de personalidade antissocial, no mais alto grau, como o dele, que o torna um serial killer, são incorrigíveis, incapazes de aprender pelo exemplo, incapazes de um juízo autocrítico, sincero e, portanto, incapazes de correção.”

O promotor ressaltou que, atualmente, o Maníaco do Parque não apresenta perigo por causa da prisão e vigilância constante. “A partir do momento que, eventualmente, viesse a ganhar a liberdade, a personalidade dele seria a mesma, com o mesmo transtorno, e logo ali estaria presente o mesmo perigo e o mesmo risco.”

Promotor apresentou maníaco ao tribunal

Quando Bonfim apresentou o caso de Francisco de Assis Pereira no Tribunal do Júri, teve de lidar com desafios como a tarefa de elucidar o termo “serial killer”, que era pouco conhecido no Brasil naquele tempo.

“Precisei viajar para vários países e comecei paulatinamente a me imergir numa doutrina e numa literatura que o Brasil desconhecia”, relatou.

Bonfim destacou a preocupação com o uso do termo “maníaco” para referir-se a Pereira, considerando que isso pode levar a população a acreditar que ele é doente e, portanto, isento de pena. “Ao se dizer que alguém é maníaco, leva-se à população leiga a ideia de que alguém é doente e, portanto, isento de pena”, concluiu.

O Maníaco do Parque

Francisco de Assis Pereira, um dos criminosos mais famosos do Brasil, nasceu em 1967, em São Paulo. Ele tinha uma ocupação como motoboy e entregador de cartas, mantendo-se discretamente e, aparentemente, levando uma vida comum.

Contudo, de 1997 a 1998, Pereira se transformou no personagem principal de uma sequência de crimes cruéis que abalaram o país e o posicionaram no foco de uma investigação policial que foi amplamente divulgada na mídia nacional.

O método utilizado pelo assassino era baseado em estratégias de persuasão. Mantendo uma atitude tranquila e amigável, ele seduzia mulheres com promessas de oportunidades na carreira de “modelo”. Fazendo-se passar por um “fotógrafo profissional”, Francisco se aproximava de suas vítimas em ambientes públicos, em particular perto de estações de metrô.

Pereira persuadia suas vítimas a segui-lo até o Parque Estadual do Jabaquara, localizado na zona sul de São Paulo. No local, submetia-as a abusos, tortura e morte. Foi em julho de 1998, após uma investigação que envolveu a Polícia Civil de São Paulo, que seus crimes foram descobertos.

Francisco de Assis Pereira, conhecido como “O Maníaco do Parque”, foi preso em 1998, após ser acusado de assassinar no mínimo sete mulheres e estuprar outras nove. Ele confessou os crimes pelos quais foi condenado a uma pena superior a 260 anos de reclusão por estupro, homicídio e ocultação de cadáveres.

O criminoso está cumprindo pena desde então na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, também conhecida como Penitenciária de Tremembé. As informações são da Revista Oeste.

2 comments
  1. Estuprador, traficante, terrorista e quem mata pra roubar, não pode ir pra cadeia, precisa ir para o paredão de fuzilamento!

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