Gabriel Cepaluni sofreu agressões físicas dentro do campus; universidade abriu investigação sobre o caso
O professor Gabriel Cepaluni, docente da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Franca (SP), foi agredido por um grupo de estudantes no início do semestre letivo, em 2 de setembro. Ele foi acusado por manifestantes de racismo, fascismo e assédio, e acabou sendo cercado e agredido dentro do campus quando tentava registrar o episódio com o celular e entrar em sala de aula.
De acordo com relatos, Cepaluni recebeu socos e empurrões na cabeça e no rosto, além de ter as roupas rasgadas, os óculos e o chapéu extraviados e itens pessoais furtados da mochila durante o tumulto.
O professor, que leciona relações comerciais internacionais e análise de política externa, afirmou nunca ter enfrentado situação semelhante em sua carreira acadêmica.
Versão dos estudantes
Representantes do movimento estudantil ofereceram uma versão distinta do caso.
Nas redes sociais, Gabrielle Nascimento, da União da Juventude Comunista da Unesp, afirmou que a ação foi uma “manifestação política legítima” contra o professor.
Segundo ela, Cepaluni teria rompido a barreira dos estudantes e agredido quatro alunos, que teriam ficado feridos — sem detalhamento sobre a gravidade das lesões. Gabrielle também acusou o docente de assédio e de “defender ideias elitistas e perigosas”.
Professor da UNESP agredido!
— Rubinho Nunes (@RubinhoNunes) October 3, 2025
A militante diz que ele tinha “posições políticas perigosas”. Detalhe: COM A CAMISETA DO COMUNISMO!
A “violência” do professor? Um celular na mão! pic.twitter.com/L73pmlgler
Posição da Unesp
Em nota ao portal GCN/Sampi, a Unesp confirmou que abriu uma apuração interna e judicial sobre o caso. A instituição afirmou manter compromisso com a ética, o respeito e a liberdade acadêmica, além de repudiar qualquer forma de violência.
“Reforçamos o compromisso de nossa instituição com a ética, o respeito mútuo e o bem-estar coletivo na universidade. As medidas cabíveis estão sendo tomadas, respeitando o devido processo legal, o contraditório e o amplo direito de defesa das partes envolvidas”, declarou a universidade.
O caso está sendo analisado pelo departamento jurídico da Unesp, que deve ouvir tanto o professor quanto os estudantes envolvidos.
Juventude Comunista? Vagabundos comunistas isso sim.