Mudanças tem por objetivo “ampliar a transparência e publicizar ainda mais os mecanismos de auditoria” das urnas e das eleições
Nesta quinta-feira (12), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, anunciou novas medidas para “ampliar a transparência e publicizar ainda mais os mecanismos de auditoria” das urnas eletrônicas e das eleições. A declaração foi dada no início de uma sessão do TSE.
A medida ocorre após críticas do presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral brasileiro.
– Nós estamos tomando novas providências para ampliar a transparência e publicizar ainda mais os mecanismos de auditoria – revelou Barroso.
Uma das mudanças é a antecipação da abertura do código-fonte das urnas eletrônicas aos partidos e seus técnicos. Ela será adotada a partir do dia 1º de outubro deste ano, seis meses antes do prazo legal. Ao falar sobre a medida, no entanto, Barroso lembrou que os partidos políticos não compareciam ao processo, mas apenas indicavam os técnicos.
– A realidade é que os partidos não compareciam, nem indicavam seus técnicos. Assim foi nas Eleições de 2016, nas Eleições de 2018, nas Eleições de 2020: nenhum partido compareceu para fiscalizar. Alguém poderia imaginar que é desídia dos partidos, mas não. Era a confiança que tinham no sistema e, por isso, nem se sentiam obrigados a vir aqui ver como estava sendo feito – destacou.
Outra mudança será a criação de uma comissão externa para fiscalizar e acompanhar as eleições. O grupo será composto por integrantes da sociedade civil, de instituições públicas, das Forças Armadas e ainda da Polícia Federal (PF).
Por fim, Barroso ainda explicou que a Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE estuda aumentar o número de urnas que serão auditadas durante o Teste de Integridade.