Preso envolvido nos atos de 8/1 volta a tentar suicídio pela terceira vez 

Claudinei Pego da Silva cumpre pena em Minas Gerais 
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Foto: Pixabay

Claudinei Pego da Silva cumpre pena em Minas Gerais 

Claudinei Pego da Silva, um prisioneiro político que está sob custódia desde de 2023, tentou tirar a própria vida pela terceira vez. Ele está encarcerado na Penitenciária Nelson Hungria, localizada em Contagem, Minas Gerais.

Na quinta-feira (3), a advogada Ana Sibutt, membro da Força-Tarefa de Advogados, confirmou que Claudinei tentou cometer suicídio pela terceira vez enquanto estava no sistema prisional.

De acordo com a advogada, o prisioneiro parece estar claramente sob efeito de drogas, mostrando fortes sinais de confusão mental, além de severa desnutrição, tendo perdido cerca de 40 quilos.

“Ele vem sendo submetido a maus-tratos, além disso, foi constatado na data de hoje 03.07.2025, que o custodiado não teve seu atendimento médico até o presente momento” diz texto assinado pelos advogados dele. 

A tentativa mais recente de suicídio aconteceu no dia 25 de junho. De acordo com a defesa, “a tentativa só não foi consumada porque a corda improvisada que ele utilizou se rompeu”. Desde então, Claudinei permanece fisicamente e emocionalmente debilitado na enfermaria do presídio. 

O ex-presidente (PL) mencionou o caso nas redes sociais, criticando (PT) por apoiar os sequestradores do empresário Abílio Diniz.

Priscila Kellen Oliveira, esposa de Claudinei, destacou que a situação é “desesperadora e insustentável”. Foi informada por outra esposa de um preso que seu marido vem sofrendo agressões e humilhações na , incluindo “spray de pimenta nos olhos e tapas na nuca”.

No momento, Claudinei encontra-se preso em uma cela escura, compartilhada com outro prisioneiro, e frequentemente manifesta pensamentos suicidas.

PEDIDO DE PRISÃO DOMICILIAR IGNORADO 

A equipe de defesa de Claudinei, que é representada pela Força Tarefa de Advogados, incluindo os Drs Ana Sibut, Luiz Felipe Cunha, Tanielli Teles, Marta Padovani e Hélio Júnior, está solicitando urgentemente a concessão de prisão domiciliar. Eles buscam esse arranjo para que Claudinei possa acessar o tratamento médico adequado e evitar um possível cenário de morte iminente. Desde 23 de maio de 2025, eles estão aguardando a opinião do painel médico solicitado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), conforme instruído pelo ministro Alexandre de Moraes.

Claudinei continua preso e emocionalmente devastado, sem receber nenhum tipo de assistência psicológica ou clínica constante.

HISTÓRICO DE SOFRIMENTO 

Esta não é a primeira vez que uma tentativa de suicídio é feita. Claudinei tentou tirar sua própria vida por enforcamento com uma camisa na Penitenciária da Papuda em dezembro de 2023, mas foi salvo pelos agentes penitenciários.

Claudinei, que está encarcerado desde janeiro de 2023, foi movido para a Penitenciária Nelson Hungria a pedido de sua família, a fim de tornar as visitas mais acessíveis. No entanto, mesmo a proximidade não consegue aliviar a dor diária enfrentada pela família.

IMPACTO DEVASTADOR NA FAMÍLIA 

Casado e pai de quatro crianças, sendo três delas ainda menores de idade. Seu filho mais novo, Gabriel, que tem apenas 6 anos, não consegue mais ver o pai e mostra indícios de trauma psicológico: ele retomou o hábito de urinar na cama, tem episódios frequentes de choro e gritos constantes.

Atualmente, a família, que agora não possui sustento, depende de doações para sobreviver. Priscila, que está desempregada, reside com seu filho na residência de sua mãe em Belo Horizonte. A oficina que era a fonte de renda honesta de Claudinei teve que ser fechada. Mesmo estando preso, Claudinei ainda é responsável pelo pagamento da pensão alimentícia.

DEFESA 

A defesa alega que Claudinei foi à Praça dos Três Poderes com o objetivo de acompanhar um amigo. Quando percebeu o tumulto, tentou encontrá-lo para sair do local. No entanto, ele acabou sendo preso em um edifício onde procurou refúgio.

Claudinei está cumprindo uma sentença de 16 anos e meio, com o veredicto final desde fevereiro de 2024, detido entre detentos regulares e sem apoio clínico ou psicológico.



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