IBGE Defende Mapa Invertido e Centralização do Brasil
O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmann, minimizou as críticas sobre o mapa-múndi invertido divulgado recentemente pela instituição.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Pochmann afirmou que “não há nada de errado”, argumentando que a nova representação é válida, “já que o planeta é redondo”.
Segundo ele, o IBGE já adota a prática de deslocar o Brasil para o centro do mapa, dentro da lógica do Sul Global, desde 2016.
Críticas e Respostas do Presidente do IBGE
Diante das críticas, Pochmann reforçou que a sociedade tem o direito de opinar, mas ressaltou a autonomia técnica da instituição.
De acordo com o presidente, o material “passou por toda a área técnica antes de ser publicado”.
O mapa foi elaborado pelos técnicos do IBGE para o Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global, evento organizado pelo próprio instituto e previsto para ocorrer em junho, na cidade de Fortaleza.
Pochmann também criticou a tradicional centralização europeia nos mapas:
“A representação com a qual estamos acostumados centraliza a Europa. A referência vem dos primeiros mapas do mundo, feitos no século 16. Com o tempo, a sociedade passou a refletir sobre isso. Na década de 1940, houve vários movimentos que defendiam a mudança.”
Mapa Vira Piada nas Redes Sociais e no Mercado Financeiro
Apesar das justificativas, o mapa-múndi invertido virou alvo de piadas nas redes sociais e entre profissionais do mercado financeiro.
O CEO da corretora de investimentos Lev, Marcelo Cerize, ironizou a situação ao publicar um gráfico do EWZ — índice que reflete a atratividade da Bolsa de Valores do Brasil no exterior — de cabeça para baixo.
“Estamos lançando o novo gráfico do EWZ para mostrar a posição de destaque que o mercado brasileiro ocupa no mundo”, brincou Cerize.
Polêmica Não é Inédita: IBGE Já Havia Sido Criticado por Erros no Atlas Escolar
Esta não foi a primeira vez que o IBGE enfrentou polêmicas relacionadas a seus materiais didáticos.
Em abril de 2024, o instituto apresentou um mapa com o Brasil no centro, porém, com a orientação tradicional.
Na ocasião, a mudança fez parte da nona edição do Atlas Geográfico Escolar, que recebeu críticas severas por conter erros científicos e tecnológicos.
Entre as falhas mais graves, destacaram-se confusões sobre os períodos Jurássico e Cretáceo, com erros de milhões de anos na datação dos períodos geológicos.
Após a repercussão negativa, o IBGE reconheceu os erros e publicou uma errata.
Bem que eu estava notando a falta do Pochmann no noticiário. Tinha tantos outros escândalos, que esqueceram da incompetência dele por um tempo.
Que nada!
O Pochmann tá certo, e nós, errados!!! Este cara é um “genio”!!!
Não estamos tendo um desvio nos polos magnéticos?
Este “genio” já fez um Atlas para daqui a alguns milhões de anos, calculando uma suposta inversão destes polos…
Kkkkkkk…