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Para não desagradar trans, governo Lula adotará carteira de identidade com nome social

Documento deve substituir outras formas de identificação, como o RG

O governo de Luiz Inácio da Silva está prestes a anunciar mudanças nos campos “nome social” e “sexo” na Carteira de Identidade Nacional (CIN). O documento deve substituir outras formas de identificação dos brasileiros, como o Registro de Identidade (RG).

Segundo a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão vinculado ao Ministério Público Federal, a inclusão do nome de registro na CIN — como ocorre no RG — configuraria “flagrante violação do direito à autodeterminação da pessoa trans e invalida a sua própria necessidade de uso”. O órgão alega também que essa medida criaria “perigoso precedente para a exposição vexatória de um nome que não representa a pessoa que se deseja identificar”.

Mas não para aí. Conforme a PFDC, a exigência de inclusão do sexo biológico na CIN não tem necessidade administrativa nem burocrática. A procuradoria afirma que tal medida “estimula violações dos direitos humanos das pessoas que apresentam sexo registral diferente do de sua identidade e expressão de gênero”.

Uma minuta para alterar as disposições sobre os campos “sexo” e “nome social” na CIN deve ser apresentada em até 60 dias. As informações constam em resolução publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.

A Câmara Executiva Federal de Identificação do Cidadão, a Receita Federal e o Conselho Nacional dos Diretores de Órgãos de Identificação compõem um grupo de trabalho que pretende pôr em prática as novas sugestões. As regras anteriores haviam sido estabelecidas durante o governo de Jair Bolsonaro. As informações são da Revista Oeste.

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