Candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo apoia verificação de impeachment e atribui responsabilidade ao Senado
Nesta quarta-feira, 4, Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, declarou seu apoio a uma investigação contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A afirmação foi feita durante uma sabatina organizada pelo UOL e Folha de S.Paulo.
Quando questionado sobre um eventual apoio ao “impeachment” de Moraes, Marçal mudou o foco da conversa e afirmou que a decisão final é de competência do Senado Federal. Este ponto de vista é muito parecido com o do prefeito Ricardo Nunes (MDB), como foi expresso na sabatina da Rádio Eldorado na última segunda-feira, 2.
Marçal considera que existe um “exagero” nas ações de Moraes, que na sexta-feira 30, suspendeu o funcionamento da rede social Twitter/X no Brasil. “Eu acredito que ele vá ter um problema muito grande”, disse o candidato. “O que ele precisa fazer? Precisa reconhecer esses erros.”
Durante a sabatina, Marçal rebateu acusações de que estaria “poupando” Moraes. “Poupo não, ele tem que ser investigado. Nunca poupei”, afirmou.
Para Pablo Marçal, STF está politizado
O candidato acredita que a Suprema Corte está “politizada” e deveria se abster de assuntos políticos, devolvendo poderes ao Congresso Nacional. Contudo, Marçal declarou que não deseja iniciar uma “guerra” com o STF, uma vez que isso poderia “prejudicar sua candidatura à Prefeitura de São Paulo”.
A tensão entre Elon Musk, dono do Twitter/X, e Alexandre de Moraes aumentou após a divulgação do encerramento das operações do escritório da companhia no Brasil, uma consequência das decisões de Moraes. Conforme um documento confidencial, Moraes exigiu a suspensão de contas que postaram mensagens “antidemocráticas” ou de ódio dirigido a figuras autoritárias. A empresa de Musk não obedeceu às instruções.
Após esse episódio, a multa foi aumentada por Moraes e ele ordenou o bloqueio da rede social. O ministro ainda solicitou que a empresa apontasse um representante legal no Brasil, no entanto, a decisão não foi atendida.
Na sexta-feira passada, dia 30, a operação do Twitter/X no Brasil foi suspensa por Moraes. A decisão foi mantida por unanimidade pela Primeira Turma do STF, sob a presidência de Moraes, na segunda-feira, 2.As informações são da Revista Oeste.
