Operação-padrão da Anvisa faz país perder R$ 3,3 bi em importações em junho

As consequências podem ser a inflação do preço dos medicamentos, produtos para a saúde, alimentos e cosméticos
Fachada Do Edifício Sede Da Anvisa Foto Agência Brasil Marcelo Camargo Fachada Do Edifício Sede Da Anvisa Foto Agência Brasil Marcelo Camargo
Fachada Do Edifício Sede Da Anvisa Foto Agência Brasil Marcelo Camargo

As consequências podem ser a inflação do preço dos medicamentos, produtos para a saúde, alimentos e cosméticos

O Sindasp comunicou ao Ministério da Fazenda e à Anvisa que a operação do órgão regulador para importações resultou em uma perda de R$ 3,3 bilhões para o setor privado do Brasil apenas em junho, de acordo com um relatório divulgado esta semana.

A estimativa do Sindasp leva em conta uma taxa ad valorem de 2,1% por cada dia de demora no processo de comércio internacional, com a permissão de exportação concedida pela Anvisa.

Ad valorem é uma taxa cobrada pelas transportadoras ao apresentar os valores dos fretes.

A inspeção do sindicato revela que, em média, a operação deveria ser executada entre um e quatro dias. Contudo, o tempo reportado indicou um atraso de duas semanas.

De acordo com a Polícia Federal, 95% dos processos de importação e exportação no Brasil são de responsabilidade do Sindasp.

“Provavelmente, os impactos financeiros ao setor privado superam esses números indicados, visto que mais órgãos estão em greve”, afirmou o sindicato. “Para efeitos de comparação, os valores estimados para a finalização do projeto Portal Único é de R$ 70 milhões. Ou seja, 2,1% dos prejuízos estimados num mês.”

Segundo o Sindsap, o resultado impacta diretamente a população brasileira. A entidade esclarece que as possíveis consequências desse tipo de operação podem ser:

  • inflação dos medicamentos, produtos para a saúde, alimentos e cosméticos; e
  • em um cenário mais agravante, hospitais e clínicas poderiam ficar desabastecidos.

“Solucionar as questões internas destacadas nesse documento é essencial para que o Brasil aproveite as oportunidades e mude o contexto de forma estruturada e voltada ao futuro”, afirma o documento do Sindsap. “Com a aceleração de todas as boas iniciativas observadas.”

Anvisa prevê corte de 25% em seu quadro de funcionários até o final de 2024

De acordo com estimativas da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), a Anvisa pode enfrentar uma diminuição expressiva de 25% em sua equipe até o final de 2024. Esse percentual equivale a uma perda de 500 funcionários do órgão governamental.

Um dos principais motivos para as saídas em massa é a aposentadoria.

O CEO da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes, declarou que o “déficit de servidores” é insustentável a longo prazo. De acordo com o executivo, a agência lida com várias demandas simultaneamente. As informações são da Revista Oeste.

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