Moraes diz que explosão não foi ‘fato isolado’ e cita “gabinete do ódio”

Explosão em Brasília não é caso isolado e impunidade pode fomentar agressões, alerta Ministro do STF

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes afirmou nesta quinta-feira (14) que a explosão de um homem em Brasília na noite da última quarta-feira (13) não pode ser vista como um caso isolado. O magistrado destacou que o país precisa de pacificação, mas que isso só será possível com a punição de todos os envolvidos em atos que atentam contra a democracia, como o caso do dia 8 de janeiro de 2023. Moraes alertou que a impunidade pode fomentar ainda mais agressões.

“O que aconteceu ontem não é um fato isolado do contexto. Queira Deus que seja um ato isolado, mas no contexto, é de um contexto que se iniciou lá atrás”, disse Moraes, referindo-se ao “gabinete do ódio” como uma origem de discursos que atacam as instituições, o STF, a autonomia do Judiciário, os ministros e seus familiares.

Crítica ao mau uso da liberdade de expressão: Moraes ressaltou que os discursos se intensificaram sob o “falso manto de uma criminosa utilização da liberdade de expressão”. Ele reiterou: “Em nenhum lugar do mundo isso é liberdade de expressão. Isso é crime”.

Explosões capturadas por câmeras de segurança

Na noite de quarta-feira, 13, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, foi identificado como o autor das explosões. Ele detonou uma bomba em um carro perto da Câmara dos Deputados e, em seguida, realizou um ataque suicida em frente ao STF, morrendo no local. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele atirou explosivos na Praça dos Três Poderes e depois se deitou sobre uma bomba, por volta das 19h20 (horário de Brasília). Agentes de segurança se aproximaram pouco antes da detonação, mas não conseguiram evitar o desfecho.