Presidente argentino rebateu as críticas do ditador venezuelano, que o acusou de fazer parte de ‘seitas satânicas’ dos EUA
Nesta segunda-feira, 5, Javier Milei, o presidente da Argentina, respondeu às acusações recentes feitas por Nicolás Maduro, ditador da Venezuela. Maduro, na véspera, categorizou tanto o líder argentino quanto o empresário Elon Musk como membros de “seitas satânicas”. A declaração foi feita por ele durante a celebração do 87° aniversário da Guarda Nacional da Venezuela (GNB).
Milei respondeu a Nicolás Maduro em seu perfil no Twitter/X, declarando que “tem fé em Deus”. Ele também expressou críticas à atitude dos comunistas.
“Os comunistas nos atacam, cheios de insolência e impiedade, para nos exterminar, às nossas mulheres e aos nossos filhos”, afirmou o presidente da Argentina. “Lutamos por nossa vida e por nossos costumes. A vitória no combate não depende da quantidade de soldados, mas da força que vem do céu. O comunismo é ateu, nós temos fé em Deus.”
Maduro lança acusações contra Javier Milei e Elon Musk
O ditador disse estar em uma “luta de caráter espiritual entre o bem e o mal, entre o ódio, a mentira, o engano, o fascismo”.
“Vocês sabem todo o ocultismo que houve por trás de Hitler”, declarou Maduro. “Com os símbolos diabólicos que Elon Musk maneja. Olhem para o perfil dele e os símbolos diabólicos que ele tem no peito, são seitas satânicas do poder norte-americano que articularam seitas como a de Milei, ou na Venezuela seitas satânicas como o fascismo, este que atacou o país.”
Reeleição fraudada de Maduro é rejeitada por Argentina e outros 17 países
Na última sexta-feira, 2, o país argentino anunciou o reconhecimento de Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática), o candidato da oposição, como o presidente eleito da Venezuela.
A Argentina se posicionou como o 18º país a se opor à “reeleição” de Maduro, uma posição também compartilhada pela União Europeia. No dia 1º de agosto, os Estados Unidos fizeram uma declaração definitiva. O governo dos EUA anunciou que foi González quem ganhou as eleições no país, e não Maduro.
O Brasil ainda não se posicionou. O governo do país, em parceria com o México e a Colômbia, solicitou à Venezuela que as informações dos comprovantes das urnas eleitorais sejam reveladas de forma desagregada e imparcial.
No dia 28 de julho, foi anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela que Maduro ganhou com 51,2% dos votos, enquanto seu opositor, Edmundo González Urrutia, obteve 44,2%.
A oposição questiona as estatísticas e afirma uma vitória de González Urrutia, com mais de 67% dos votos, ao passo que Maduro teria obtido 30%. As informações são da Revista Oeste.