Ex-primeira-dama afirma ser preciso lutar contra a legalização do aborto; ela comandou evento do PL Mulher em Teresina
No evento do PL Mulher em Teresina, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro discutiu o projeto de lei que propõe aumentar as penalidades para mulheres que realizam aborto após a 22ª semana de gestação. A reunião na capital piauiense aconteceu neste sábado, 15.
Ela declarou que existem “homens e mulheres de bem” no Congresso Nacional que irão vetar a legalização do aborto no Brasil. Recebendo aplausos da audiência, a esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro expressou seu compromisso em lutar por essa causa.
“Hoje temos que lutar. A assistolia fetal (método de interrupção da gravidez acima de 20 semanas) é cruel, nem usada em eutanásia de animais”, disse Michelle Bolsonaro. “Querem assassinar os nossos bebês no ventre.”
A declaração de Michelle, atual presidente nacional da divisão PL Mulher, surge no contexto do debate sobre o Projeto de Lei 1.904/2024, também conhecido como PL do Aborto. A proposta, que tem como objetivo equiparar o aborto realizado após 22 semanas ao crime de homicídio, teve sua urgência aprovada pela Câmara dos Deputados na quarta-feira passada, dia 12. Com isso, o assunto não necessitará ser avaliado pelas comissões da Casa.
Michelle Bolsonaro expressou críticas não apenas ao aborto, mas também à administração do PT. Segundo ela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “só usou as mulheres para subir a rampa”.
Detalhes do projeto de lei citado por Michelle Bolsonaro
A proposta do PL 1.904 de 2024 estipula uma penalidade de até 20 anos de prisão para mulheres que realizem abortos após 22 semanas de gestação. No momento, a interrupção da gravidez é permitida em situações de risco de vida para a mãe, estupro e em caso de feto anencéfalo, sem restrição de idade gestacional para a interrupção. O texto é de autoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). As informações são da Revista Oeste.