Jogador de vôlei foi alvo de militantes digitais em virtude de sua opinião sobre a nova série de quadrinhos do Super-Homem
Depois de ser “cancelado” por militantes digitais, o jogador de vôlei Maurício Souza ganhou 1 milhão de seguidores em sua conta no Instagram. Um dos destaques da seleção brasileira que conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de 2016, o atleta já havia comemorado o boom de seguidores.
“Eu tinha 200 mil seguidores, hoje tenho 700 mil”, disse. “E, graças a Deus, não precisei ficar sambando em cima de cama nem desfilando na quadra para ganhar o respeito e a admiração de vocês.” A mensagem faz referência a vídeos publicados por Douglas Souza, ex-colega de seleção e homossexual.
O caso
Maurício foi demitido em razão de suas opiniões sobre a nova série de quadrinhos do Super-Homem, na qual o herói é bissexual. Os patrocinadores ameaçaram retirar o investimento nos times feminino e masculino do Minas Tênis Clube, o que tornou a permanência do jogador insustentável.
“A perseguição desencadeada contra o atleta Maurício Souza é um escândalo destes tempos em que o totalitarismo, a intolerância e o rancor são impostos à sociedade com violência cada vez maior pelos movimentos politicamente corretos”, escreveu J.R. Guzzo em seu artigo.
Críticas de Dal Zotto
O técnico da seleção brasileira de vôlei, Renan Dal Zotto, criticou o atleta. “É inadmissível esse tipo de conduta do Maurício”, afirmou em entrevista ao jornal O Globo. “Sou radicalmente contra qualquer tipo de preconceito, homofobia, racismo. Em se tratando de seleção brasileira, não há espaço para profissionais homofóbicos. Não posso ter esse tipo de polêmica no grupo.”