Se condenada pelos crimes que supostamente cometeu, a cabeleireira de 38 anos pode passar os próximos 17 anos presa
Na terça-feira dia 6, a maioria da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu acusar Débora dos Santos, devido à pintura da estátua da Justiça com a expressão “perdeu, mané”, ocorrida no dia 8 de janeiro. A mulher de 38 anos, que é cabeleireira, utilizou um batom para isso.
Até o momento, três dos cinco membros do painel decidiram aceitar a denúncia apresentada no mês passado pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra a ré.
Alexandre de Moraes, o relator, juntamente com os ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia, expressaram a mesma opinião.
De acordo com a PGR, a residente de Paulínia, em São Paulo, cometeu os seguintes crimes:
- Associação criminosa armada;
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com empreso de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
- Deterioração de patrimônio tombado.
Débora encontra-se detida desde março do ano anterior. Uma profissional de fotografia do jornal Folha de S.Paulo captou imagens dela na estátua. Assim sendo, ela foi detida pela Polícia Federal durante uma etapa da Operação Lesa Pátria.
A História de Débora dos Santos
Débora, casada com o pintor Nilton Cesar, é mãe de duas crianças: uma de 6 anos e outra de 9 anos.
A religiosidade também é uma característica da mulher. Débora, antes de ser presa, era frequentadora da Igreja Adventista do 7º Dia.
Algumas semanas atrás, sem o conhecimento do advogado, Débora foi transferida pela Justiça do Centro de Ressocialização Feminina de Rio Claro para a Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, que se situa a 225 quilômetros de distância da residência de sua família.
Um vídeo foi gravado pelos filhos de Débora, no qual eles pedem à Justiça a liberdade da mãe. O material foi compartilhado por vários parlamentares, incluindo os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Bia Kicis (PL-DF). Gayer afirmou: “Todos vão pagar por isso”. Bia, ao referir-se ao projeto de lei da anistia, declarou: “Isso é cruel e desumano”. As informações são da Revista Oeste.
Armada? ? Batom virou arma??? A q ponto chegamos
Cadê o Parlamento brasileiro? desde quando batom é arma ou produto químico?
Estamos num regime ditatorial. Acabou a liberdade de expressão. Acredito que tudo vai piorar com esse desgoverno que temos.
Que se cuidem todos que são democratas.