Maduro eleva tensão e ameaça confronto direto caso EUA avancem sobre Venezuela

Ministro chavista ameaça reagir militarmente a EUA; Trump envia navios ao Caribe para combater narcotráfico.
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Ministro da Defesa chavista fala em “responder a qualquer agressão”; Washington prepara envio de navios de guerra ao Caribe

A crise diplomática entre e Estados Unidos ganhou novo capítulo neste domingo (31), com declarações de confronto por parte do regime chavista. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, afirmou em rede nacional que o país está pronto para lutar caso militares norte-americanos se aproximem do território venezuelano.

“Nós estamos nos preparando e vamos lutar, vamos lutar se vocês se atrevem a pôr um pé na Venezuela”, disse Padrino durante balanço das operações da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), transmitido pela emissora estatal VTV.

Acusações contra Washington

Segundo o ministro, o objetivo de Washington é “apoderar-se do mar do Caribe”, e a Venezuela estaria preparada para responder a “qualquer circunstância” ou “agressão de qualquer intensidade”. Padrino acusou os EUA de promover um “cerco contra a pátria”, por meio de sanções e perseguição comercial, mas alegou que o bloqueio acabou fortalecendo o país.

Ele destacou as jornadas recentes de alistamento de milicianos, que reforçaram as tropas nos estados de Táchira e Zulia, na fronteira com a Colômbia. Segundo dados oficiais, 10.380 militares estariam mobilizados, somados a 15 mil combatentes da FANB e das milícias civis.

O balanço apresentado pelo regime incluiu a apreensão de 55 toneladas de drogas em 2024, além da destruição de 401 aeronaves e 94 pistas clandestinas supostamente ligadas ao narcotráfico.

Escalada militar dos EUA

As falas ocorreram em resposta à decisão de Donald , que determinou o envio de três navios lança-mísseis ao Caribe, parte de uma estratégia para sufocar rotas do narcotráfico internacional. O Pentágono já havia informado que a operação inclui cerca de 4,5 mil marinheiros e fuzileiros navais, além de submarinos nucleares em posição estratégica.

Washington acusa o ditador Nicolás de liderar um cartel narcoterrorista e dobrou para US$ 50 milhões (R$ 271,2 milhões) a recompensa por informações que levem à sua captura.

Delcy Rodríguez reforça discurso

No sábado (30), a vice-presidente Delcy Rodríguez também atacou os EUA, pedindo que o país cuide dos “terríveis problemas internos” antes de “agir como agressor externo”. A ministra de Hidrocarbonetos afirmou que Caracas está pronta para “defender cada milímetro do território nacional” e advertiu que “as piores calamidades do povo norte-americano estão por vir se eles se atrevem a agredir a Venezuela”.

Contexto regional

O chavismo tenta mobilizar apoio internacional contra a presença militar americana na região, classificando-a como “ameaça à soberania latino-americana”. Já o insiste que a operação tem como objetivo interromper o narcotráfico e levar responsáveis à Justiça.


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