Lula rejeita falar sobre corte de gastos: ‘Hoje, o assunto é o Enem’

Mais cedo, o presidente pediu a Haddad que cancelasse a viagem que faria à Europa, em meio à crise fiscal do governo
Lula E Fernando Haddad Lula E Fernando Haddad
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Mais cedo, o presidente pediu a Haddad que cancelasse a viagem que faria à Europa, em meio à crise fiscal do governo

Durante sua visita ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) neste domingo, dia 3, o presidente Luiz Inácio da Silva optou por não fazer comentários sobre as ações do pacote de redução de gastos. Em vez disso, o líder do Executivo preferiu discutir sobre a primeira parte da prova do Enem 2024, que acontece no mesmo dia.

Quando questionado sobre a crise na Venezuela, Lula optou por não responder. “Nem Estados Unidos, nem Venezuela, nem Nicarágua”, afirmou. “Hoje, o assunto é o Enem. O ministro Camilo Santana já prestou as informações a vocês.”

A crise no governo Lula

Em meio ao cancelamento da viagem que o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, faria à Europa, Lula se esquivou de responder às perguntas.

A viagem, originalmente programada para acontecer entre 4 e 9 de novembro, ainda não teve sua nova programação divulgada. O ministério informou que “A agenda em questão será retomada oportunamente”.

A desistência da viagem acontece durante a crise fiscal do governo, que agora é pressionado para revelar um conjunto de ações de revisão de despesas. Estas ações foram prometidas após as eleições municipais e provocam antecipação no mercado. Na semana passada, por exemplo, o dólar encerrou a R$ 5,86. Esta é a segunda maior cotação nominal da história, o que espelha a crise financeira.

Investidores tensos

Por exemplo, o último relatório mensal do Wells Fargo atualizou a previsão do câmbio para o primeiro semestre de 2026 de R$ 5,90 para R$ 6,50. Inicialmente, o banco previa que o real fecharia em R$ 5,40 por dólar no final de 2025. Contudo, a nova estimativa é que a moeda americana termine 2024 em R$ 5,65. A projeção para o próximo ano é que o câmbio atinja R$ 6,30.

A ausência de uma data para a revisão dos gastos públicos, promessa do governo Lula, é uma das principais causas para a rápida valorização do dólar nos últimos dias. As informações são da Revista Oeste.

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