Lira critica “monopólio” e acena para privatização da Petrobras

Presidente da Câmara criticou preço do gás e do combustível
Presidente Da Câmara, Arthur Lira Foto,Agência Brasil,Fabio Pozzebom Presidente Da Câmara, Arthur Lira Foto,Agência Brasil,Fabio Pozzebom
Presidente Da Câmara, Arthur Lira Foto,Agência Brasil,Fabio Pozzebom

Presidente da Câmara criticou preço do gás e do combustível

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, criticou nesta quarta-feira o “monopólio absurdo” no mercado de gás e indicou ser favorável à privatização da Petrobras.

– Há uma política que tem que ser revista, porque hoje [a Petrobras] nem é pública, nem privada. Não seria o caso de privatizar a Petrobras? Não seria a hora de se discutir qual a função da Petrobras no Brasil? É só distribuir dividendos para os acionistas? – questionou Lira em entrevista à rádio CNN.

O parlamentar apontou que a empresa “deixou de fazer investimentos para fazer distribuição de dividendos”, mas ponderou que “não acha a melhor saída, por enquanto”, “que se mude a política de preços da Petrobras” para os combustíveis.

Lira já havia proposto um “congelamento” da referência do preço do ICMS para combustíveis com base na média dos valores de 2019 e 2020, antes da alta do dólar, que está diretamente ligada ao valor da gasolina, do etanol e do diesel.

A proposta está sendo discutida no plenário da Câmara. No entanto, governadores alegam que a medida acarretaria uma perda de R$ 24 bilhões em arrecadação, além de ferir a autonomia constitucional para que os estados definam seus tributos.

Para o presidente da Câmara, porém, a medida não propõe que os estados percam receita, mas que, “num momento de crise que impacta milhões de brasileiros […] os estados deixem de ganhar mais”.

GÁS

Lira também criticou também o monopólio da Petrobras com relação ao gás de cozinha e argumentou que a empresa “não pode prospectar o gás a 2 dólares e botar no duto a 10 dólares”.

– Estamos atacando a questão do gás de cozinha, o monopólio da Petrobras absurdo no gás de cozinha – apontou.

Lira defendeu ainda que o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, precisa explicar a venda de um gasoduto a 90 bilhões de dólares “sem que o dividendo tenha vindo para a União” e com operação por “duas empresas [compradoras] que cobram tarifa como se tivessem investido” na construção do gasoduto.

O presidente da Câmara negou que haja qualquer discussão interna sobre interferências na Petrobras, mas afirmou que a troca na gestão da estatal não causou mudança significativa.

– Vou ser bem prático para não ter nenhum tipo de especulação. Não tem nenhuma conversa de bastidor nem para mudar a política de preços [da Petrobras], nem para mudar a diretoria. Foi mudado um [presidente da estatal] pelo outro, e continua [tudo] quase que do mesmo jeito – disse Lira.

Comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *