Jefferson compara Moraes a saco de ‘excremento’: ‘Abominável’

Internado, presidente do PTB escreveu nova carta
Presidente Nacional Do PTB, Roberto Jefferson Foto, Divulgação PTB Presidente Nacional Do PTB, Roberto Jefferson Foto, Divulgação PTB
Presidente Nacional Do PTB, Roberto Jefferson Foto, Divulgação PTB

Internado, presidente do PTB escreveu nova carta

O presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, afirmou em uma nova carta que sua prisão é resultado de uma “atitude arbitrária e autocrática” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No documento, redigido do leito do hospital onde está internado, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, Jefferson se refere a Moraes como “Xandão”, e o chama de “abominável” e “saco de excremento”.

– Saco de matéria sólida e fétida a ser excretada pelo organismo humano. Serão excretados – escreveu.

A carta foi divulgada pela vice-presidente da sigla, Graciela Nienov, em seu perfil nas redes sociais.

Apesar das duras palavras contra o ministro, o documento trata prioritariamente do que Jefferson chama de “rebelião doméstica” dentro do PTB. Segundo o ex-deputado, iniciou-se uma disputa interna pela presidência do partido após sua ausência.

– Há um pequeno grupo, que identifico, vozes mexicanas, paulistanas e alagoanas, tentando desestabilizar a Graci visando o meu lugar. Esquece o grupo de combinar “o jogo com os russos”. Aquela cadeira histórica é maior que a ambição do trio – acrescentou.

O ex-deputado ainda cita o desejo de criar uma comissão e de expulsar alguns quadros do partido.

– Enquanto eu estiver preso, desejo constituir uma comissão de veteranos, conselho consultivo, para protegê-la, com poderes para dissolver provisórias e expulsar murmuradores de nossa Graci: Gean Prates, Rodrigo Valadares, Marisa Lobo, Paulo Bengtson, Jefferson Alves, Mical Damasceno e Marcus Vinícius – enumerou.

LEIA NA ÍNTEGRA A CARTA DE ROBERTO JEFFERSON

Reflexão de um preso político

Estou confinado à prisão decretada e à prisão adquirida.

Uma é fruto de atitude arbitrária e autocrática de um ser abominável, o Xandão. A outra é consequência do império das bactérias anaeróbicas que povoam nossas vísceras. Em comum entre as duas prisões são os mandantes; os mandantes originam, simbolicamente, do mesmo lugar um saco de excremento; saco de matéria sólida e fétida a ser excretada pelo organismo humano. Serão excretados.

Vejo numa rebelião doméstica pelo poder dentro do PTB. Há um pequeno grupo, que identifico, vozes mexicanas, paulistanas e alagoanas, tentando desestabilizar a Graci visando o meu lugar. Esquece o grupo de combinar “o jogo com os russos”. Aquela cadeira histórica é maior que a ambição do trio.

Do Samaritano, tenho observado a movimentação. Ainda não será dessa vez que eu vou partir. Antes de encerrar a jornada limparei o partido dessas infestações. Tenham certeza. Política não é dinastia. Política não é coronelismo. Política não é esperteza.

Nossa legenda servirá o povo. Servirá pelo poder do amor. Não servirá pelo amor ao poder.

Preparei a Graciela Nievov desde de sua meninice para me substituir.

Ela galgou desde a base, nos movimentos, jovens e da mulher as posições da hierarquia partidária. Ela é cristã, honrada, correta, leal e comprometida com o nosso ideário. Ela está pronta para maiores desafios.

Saibam: Brigou com a Graci brigou comigo.

Enquanto eu estiver preso, desejo constituir uma comissão de veteranos, conselho consultivo, para protegê-la, com poderes para dissolver provisórias e expulsar murmuradores de nossa Graci: Gean Prates, Rodrigo Valadares, Marisa Lobo, Paulo Bengtson, Jefferson Alves, Mical Damasceno e Marcus Vinícius.

Aos leões e leoas petebistas, informo que estou bem. Farei exames de imagem na segunda-feira. Terça-feira, farei o cateterismo e, quarta, encerrarei o tratamento com antibióticos. Estou bem, agradecido aos meus irmãos a força que fizeram para que eu vir para o hospital.

Não há glória sem sofrimento.

É próxima a vitória.

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