‘Janjapalooza’ Recebe R$ 15 Milhões de Itaipu e Conta com Artista e Cúpula do G-20 Social 

O festival ganhou destaque nas redes sociais em razão da presença da primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja
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Foto: Ricardo Stukert/PR

O festival ganhou destaque nas redes sociais em razão da presença da primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja

A Itaipu Binacional alocou R$ 15 milhões para patrocinar o Festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, evento que terá início nesta quinta-feira, 14, e se estenderá até o sábado, 16, no Rio de Janeiro. Além disso, o suporte financeiro da empresa se estende à Cúpula do G-20 Social e a eventos correlatos.

O Estado de S. Paulo questionou o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Petrobras sobre os valores investidos no evento, no entanto, nenhuma dessas empresas respondeu. O BNDES, diferentemente, deu uma resposta, mas se recusou a compartilhar os números.

Em comunicado, a instituição afirmou que “eventuais demandas de imprensa deverão ser encaminhadas ao Ministério da Cultura”. O Ministério, em nota, disse que revelaria o valor investido mais tarde. 

A atitude do BNDES está em desacordo com seu próprio hábito de revelar números, uma característica habitual em seu site. O apoio financeiro a eventos através de empresas estatais tem sido uma ocorrência recorrente ao longo do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio da Silva (PT).

Jaja Silva participou ativamente do planejamento do festival 

O destaque do festival nas redes sociais se deveu à presença de Rosângela da Silva, a primeira-dama também conhecida como Janja. Antes de entrar para o cenário público, Janja era funcionária da Itaipu de 2005 a 2020, exercendo o papel de assistente do diretor-geral da época, Jorge Samek.

O evento que contará com apresentações notáveis de Alceu Valença, Zeca Pagodinho e Ney Matogrosso, será realizado na Praça Mauá, perto do Museu do Amanhã, e a entrada será gratuita. A programação do festival foi estrategicamente planejada para coincidir com os dias da Cúpula Social do G-20, uma reunião com representantes da sociedade civil.

Ademais, o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), outra companhia estatal associada ao evento, declarou que não forneceu apoio financeiro para o festival. Contudo, teve uma função consultiva na esfera de conectividade. A empresa também esclareceu que sua contribuição, como colaboradora do Itamaraty e do governo Lula no G-20, se restringiu à infraestrutura tecnológica.

Conforme divulgado pelo Ministério da Cultura, a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), uma entidade multilateral, apoiou a realização do evento. Além das entidades estatais, a Prefeitura do Rio de Janeiro, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estão listados como “parceiros”.

Os artistas confirmados no festival receberão um cachê simbólico de R$ 30 mil. São 29 nomes garantidos na programação. 

A organização contou com a contribuição significativa da Secretaria-Geral da Presidência da República. Sua participação foi crucial, particularmente nas interações com os movimentos sociais. Ademais, a coordenação do G-20 Social foi principalmente conduzida pela Secretaria-Geral.

Itaipu considera o evento de “importância estratégica” 

A Itaipu Binacional afirmou, por meio de uma nota, que considera o evento de “importância estratégica”. A empresa destacou seu papel no patrocínio de ações globais sobre temas como fome, pobreza e questões climáticas. 

“Com esse patrocínio, Itaipu reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social, participando ativamente de discussões globais de alto nível”, disse a estatal por meio de nota. “A presença do diretor da Itaipu em mesas de debates com ministros e a primeira-dama, e sua participação em eventos com chefes de Estado reforça o posicionamento da empresa no debate sobre sustentabilidade e práticas ESG.” As informações são da Revista Oeste. 

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