Inquérito sobre propinas da J&F a Renan, Jader e Mantega é arquivado por Fachin

PGR pede encerramento de investigação contra políticos do MDB por falta de provas
Ministro Edson Fachin, Do STF Foto,STF,Nelson Jr. Ministro Edson Fachin, Do STF Foto,STF,Nelson Jr.
Ministro Edson Fachin, Do STF Foto,STF,Nelson Jr.

PGR pede encerramento de investigação contra políticos do MDB por falta de provas

Na quinta-feira 3, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou a solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e arquivou um inquérito da Operação Lava Jato que levantava suspeitas de propinas a políticos do MDB.

“Diante da interpretação dos fatos e das premissas investigativas, verificada pela Procuradoria-Geral da República, quanto à inexistência de indícios suficientes da prática de crimes pelos investigados, e em face do entendimento sedimentado na jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, vocaciona acolhimento a promoção de arquivamento formulada pelo Ministério Público Federal”, justificou Fachin.

É comum que os ministros encerrem a investigação quando a PGR solicita o arquivamento.

A sentença favorece Helder Barbalho, governador do Pará (MDB), bem como os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA). Além disso, os ex-senadores Valdir Raupp (MDB-RO) e Dario Berger (ex-MDB), junto com o ex-ministro Guido Mantega, também são beneficiados.

Ex-Ministro dos Transportes no Governo Lula, Renan Filho, Pode Ser Alvo de Investigação

Fachin estabeleceu um período de cinco dias para a PGR indicar se deseja prosseguir com a investigação, mas somente em relação ao ministro dos Transportes, Renan Filho, e seu antigo marqueteiro Carlos Adriano Gehres.

Inquérito foi aberto em 2018

A investigação iniciou-se em 2018, com base nas delações premiadas de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, e Ricardo Saud, ex-diretor da J&F. O executivo confessou o pagamento de propinas no valor de R$ 40 milhões a senadores do PMDB durante as eleições de 2014, a solicitação do PT. Segundo os delatores, os montantes foram transferidos através de doações eleitorais, notas fiscais falsas de serviços prestados e entregas em dinheiro vivo.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, considerou que, apesar das “exaustivas diligências investigativas desde 2018”, as provas não confirmam a versão dos delatores. “A hipótese criminal investigada é informada somente pelas declarações dos colaboradores”, concluiu Gonet.

O representante legal do ex-senador Valdir Raupp no processo, o advogado Thiago Turbay, declara que o veredito representa mais um indício de que o país está “volta aos trilhos após a deterioração institucional e democrática promovida pela Lava Jato”. As informações são da Revista Oeste.



1 comments
  1. É revoltante, o crime compensa no nosso País! Acho que deveriam devolver todo o dinheiro para esses inocentes, pois o País roubou deles, meu Deus!

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