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Inflação descontrolada: Argentina cria nota de 2 mil pesos, com valor oficial de US$ 11

Nova cédula corresponde ao dobro do valor da maior disponível atualmente no país. Nota de 5.000 é estudada

A vai começar a emitir uma nota de 2 mil pesos, o dobro do valor da maior cédula atualmente em circulação no país. Em função da superinflação argentina, no entanto, a nota ainda valerá apenas US$ 11 oficialmente e US$ 5 nos mercados paralelos que o país usa para trocar moeda.

No último ano, houve um aumento de 95% nos preços argentinos, resultado de vários surtos inflacionários no país. A nota de mil pesos, a maior atualmente, corresponde a US$ 2,70 nos mercados alternativos e a compra da moeda à taxa oficial é estritamente limitada.

Segundo o Banco Central argentino, a nova cédula deve começar a rodar a partir de junho. A possibilidade de lançar uma nota de 5 mil pesos é estudada, mas ainda não foi aprovada.

“A denominação de 2 mil pesos será integrada à atual série de pesos”, disse o Banco Central em comunicado.

A Argentina enfrenta uma grave crise econômica, com inflação estrondosa e déficit fiscal elevado. De acordo com estimativas apresentadas pelo governo argentino, o PIB do país deve registrar crescimento de pouco mais de 3% em 2022 e 2% em 2023. Em 2021, a expansão da economia foi de 10,4%, após três anos de recessão.

Em novembro, a inflação da Argentina, na base de comparação anual, acelerou pelo 10º mês seguido e atingiu impressionantes 92,4%, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Em outubro, o índice acumulado em 12 meses era de 88%.

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