Incêndio no Marajó Devastam Amazônia por Três Semanas; Comunidades Ribeirinhas Clamam por Ajuda

Líder comunitário de Magebras relata insônia devido a incêndio florestal devastador no Pará
Incêndio No Marajó Consome Amazônia Há Três Semanas Incêndio No Marajó Consome Amazônia Há Três Semanas
Incêndio No Marajó Consome Amazônia Há Três Semanas

Líder comunitário de Magebras relata insônia devido a incêndio florestal devastador no Pará

Andreick Vaz Araújo, um líder comunitário de 38 anos, contou à Folha de S. Paulo que não consegue dormir há mais de 20 dias por causa do terrível incêndio florestal que está devastando a comunidade ribeirinha de Magebras. Esta comunidade está situada no município de Breves, no arquipélago do Marajó, no Pará. (Os vídeos podem ser encontrados no final do artigo).

Os moradores informam que o fogo está cada vez mais perto de suas residências e a “fumaça tóxica” já provoca problemas respiratórios e outras complicações de saúde. Em face do cenário crítico, a população pede mais assistência do governo e denuncia a ausência de equipamentos e equipe para combater as chamas.

Andreick Vaz Araújo, líder comunitário de Magebras, descreve o desespero dos moradores: “Os dias aqui estão sendo bem difíceis. Estamos no combate direto do fogo, o dia inteiro. À noite, o fogo avança bastante. Os bombeiros ficam só até a tarde. Na segunda [19], estávamos em 20 moradores tentando apagar o fogo.”

A falta de recursos para combater o fogo subterrâneo, o mais difícil de apagar, agrava a situação. A comunidade protocolou uma queixa no Ministério Público do Pará, cobrando reforço das ações. “A gente precisa de ajuda nesse momento. Tem pessoas passando mal, idosos e crianças. A sensação que nós temos é de abandono do poder público”, desabafa Araújo.

A dona de casa Márcia Fonseca confirma a falta de equipamentos e pessoal: “Nas casas mais próximas [do fogo], como a minha e de outros irmãos, essa fumaça dificulta até a gente ficar nas nossas casas”.

A ONG Observatório do Marajó alerta que a seca antecipada e as mudanças climáticas agravam a situação, criando condições favoráveis para a propagação do fogo. A região já sofreu com graves queimadas em 2023, e as perspectivas para este ano são ainda mais preocupantes.

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