Greve Inédita: Diplomatas Brasileiros Rejeitam Proposta do Governo Lula e Aprovaram Indicativo de Greve

Pela Primeira Vez na História, Diplomatas Brasileiros Rejeitam Proposta do Governo Lula e Aprovaram Indicativo de Greve
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Pela Primeira Vez na História, Diplomatas Brasileiros Rejeitam Proposta do Governo Lula e Aprovaram Indicativo de Greve

Pela primeira vez em sua história, o Itamaraty teve diplomatas aprovando um indicativo de greve. A decisão foi ratificada nesta segunda-feira pela Assembleia Geral Extraordinária da Associação e Sindicato dos Diplomatas Brasileiros (ADB), colocando a categoria em um inédito estado de mobilização permanente. A possível greve surge justamente na iminência das principais reuniões do G20, grupo que será presidido pelo Brasil em 2024, evidenciando um forte desconforto dentro da chancelaria brasileira.

A ação política que sinaliza uma possível greve ocorre antes do chamado para uma assembleia onde os diplomatas podem oficializar a paralisação. Até agora, o Itamaraty não expressou sua posição sobre o assunto. Informações de Brasília indicam que o ministério está tentando estabelecer pontes de diálogo entre o sindicato e o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), que propôs a medida que causou insatisfação entre os funcionários.

A categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo de Luiz Inácio da Silva, alegando que o ajuste seria “insuficiente para recompor as perdas inflacionárias do período recente”. O sindicato inicialmente havia pedido um ajuste linear de 36,9%. Segundo a ADB, a possível greve histórica é uma resposta à insatisfação com a “falta de valorização e reconhecimento da importância da carreira diplomática”, especialmente em um momento crítico para a política externa do Brasil. Diplomatas frequentemente demoram 30 anos para alcançar o teto salarial, enquanto outras carreiras públicas atingem esse patamar em até 10 anos. Isso, segundo a categoria, limita as perspectivas de desenvolvimento profissional para as novas gerações. A ADB também destacou que com o aumento da idade de aposentadoria para 75 anos e uma estrutura rígida com vagas limitadas por classe, muitos diplomatas ficam estagnados nas classes iniciais ou intermediárias. “A maior parte dos diplomatas (Terceiro Secretário, Segundo Secretário e Primeiro Secretário) receberia um reajuste abaixo de 16%, o que é insuficiente para cobrir as perdas inflacionárias recentes”, afirmou a nota.

A ADB enfatizou que a escolha de um sinal de greve espelha o descontentamento global da categoria com a ausência de reconhecimento, particularmente em uma ocasião onde o Brasil é anfitrião de eventos internacionais significativos, como as cúpulas do G20, do BRICS e a COP-30.

O aumento salarial previsto pelo MGI variava de 7,8% para os “Terceiros Secretários” até 23% para os “Embaixadores”, sendo implementado de forma escalonada entre 2025 e 2026.

1 comments
  1. O Brasil ainda tem diplomatas? O que se verifica hoje, são um bando de sem rumos, medrosos de mostrar a mídias o que é diplomacia, são acuados do judiciário e da mídia de narrativas. Greve deles, o país vai saí ganhando, a diplomacia brasileira é o próprio presidente Lula e a nossa primeira dama.

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