Diferença de custo é atribuída ao peso dos imunizantes descartados, diz Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde registrou um aumento de 149% no valor pago por mil doses de vacinas incineradas, passando de R$ 2,33 na gestão de Jair Bolsonaro para R$ 5,81 na administração de Luiz Inácio Lula da Silva. Os dados, obtidos pelo R7 via Lei de Acesso à Informação, indicam que esse crescimento está ligado ao peso dos imunizantes incinerados.
Comparativo entre gestões: mais doses, custo muito maior
Entre 2020 e 2022, no governo Bolsonaro, foram destruídas 47,6 mil vacinas ao custo total de R$ 111.112,54. Já entre 2023 e 2024, sob o governo Lula, o total incinerado subiu para 56,4 mil doses, com um custo de R$ 328.465,40 — um salto que quase triplicou o valor por mil doses.
Peso das vacinas justifica aumento, segundo a Saúde
Questionado, o Ministério da Saúde informou que:
“Os valores pagos pela incineração são calculados com base no peso [quilo incinerado], e não por dose. O preço por quilograma está previsto em contrato com a empresa de logística licitada”.
Governo busca recuperar parte dos recursos
Ainda segundo a pasta:
“Parte dos recursos poderão ser recuperados por meio de reposição de itens vencidos, compensações por perdas, cartas de troca ou aplicação de multas”.
O Ministério também declarou que:
“O Ministério da Saúde instituiu uma Sala de Situação em março deste ano para avaliação dos estoques e acompanhamento dos prazos de validade, garantindo o uso adequado dos recursos”.
Estoques herdados e impacto da desinformação
A pasta informou que mais de 75% dos gastos com incineração em 2023 e 2024 são referentes a estoques recebidos até 2022:
“A maior parte das perdas é de vacina contra a Covid-19, que sofreram campanhas sistemáticas de desinformação, inclusive por parte dos governantes na época”.
Perdas com vacinas vencidas somam R$ 2,3 bilhões desde 2020
No início de 2024, o governo Lula declarou prejuízo de R$ 1,5 bilhão com vacinas vencidas, herdadas da gestão anterior. Segundo resposta via LAI, do montante de R$ 2.353.306.722,70 referentes às vacinas descartadas desde 2020, R$ 1.220.749.562,03 correspondem a imunizantes vencidos até fevereiro de 2023.
Governo não contabiliza impacto total no orçamento
Apesar dos altos valores envolvidos, o Ministério da Saúde informou que:
“Não há dados sistematizados sobre o impacto financeiro final ao orçamento público”.
O motivo, segundo o órgão, é que nem toda vacina incinerada representa perda definitiva:
“O valor correspondente ao insumo pode ser restituído aos cofres públicos em diversas situações. Exemplos incluem a substituição de itens vencidos pela empresa fornecedora, perdas físicas e o recebimento de multas contratuais”.
nordestino jumento imprestavel nao precisa mais por a foto dessa mumia ma da vontade de vomitar