Governo Lula avalia uso de verba pública para cobrir roubos no INSS

INSS avalia uso de verba pública para reembolsar vítimas de fraudes em descontos ilegais de aposentadorias.
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Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

Governo Lula avalia uso de verba pública para cobrir fraudes no INSS

O recém-empossado presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (), Gilberto Waller Júnior, afirmou nesta semana que o governo federal estuda usar dinheiro para reembolsar os aposentados e pensionistas prejudicados por descontos ilegais aplicados nos benefícios da Previdência. O valor total da pode ultrapassar R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024, segundo a .

“A depender da magnitude do problema, o uso de recursos públicos será inevitável”, disse Waller.

A estimativa do governo é que cerca de 4 milhões de benefícios tenham sido impactados, muitos deles com mais de uma entidade praticando descontos de forma simultânea — o que amplia ainda mais o número de transações fraudulentas.

Possíveis vias para reembolso incluem Correios e cartórios

Para viabilizar a devolução, o governo avalia envolver instituições com presença nacional, como Correios e cartórios, além de canais já existentes, como o aplicativo Meu INSS, a Central 135 e o próprio sistema da folha de pagamento.

“Não se descarta nenhum auxílio”, acrescentou o novo presidente da autarquia, que prometeu “conveniência” para o segurado no processo de ressarcimento.

Segundo o Palácio do Planalto, a ordem do presidente é que a devolução seja feita da forma “mais prática e direta possível”, sem gerar novos transtornos para os prejudicados. A solução preferida é o reembolso direto na folha de pagamento, evitando intermediários. Contudo, essa medida ainda depende de homologação judicial.

Fraude bilionária e estrutura precária

A Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal em abril, revelou um esquema nacional envolvendo descontos associativos sem autorização. A investigação já resultou no afastamento de seis integrantes da cúpula do INSS, incluindo o ex-presidente Alessandro Stefanutto, o procurador-geral Virgílio Ribeiro e diretores estratégicos da autarquia.

Além disso, as auditorias da Controladoria-Geral da União (CGU) identificaram que muitas das 29 entidades conveniadas com o INSS não tinham qualquer estrutura operacional para prestar os serviços prometidos. Entre os entrevistados, a maioria dos aposentados afirmou jamais ter autorizado os descontos.

Os crimes investigados incluem:

  • Corrupção
  • Falsificação de documentos
  • Violação de sigilo
  • Organização criminosa
  • Lavagem de dinheiro

Durante a operação, foram apreendidos carros de luxo, joias, quantias em espécie e quadros de alto valor.



1 comments
  1. os imbecis da brazuela vao cair nessa historinha do lula ate as eleicoes….sabe quando ele vai pagar???? nunca seus otarios

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