Governo Impõe Controle Sobre Publicidade das Forças Armadas Após Vídeo da Marinha

Nova Diretriz Exige Aprovação do Ministério da Defesa
Sosia De Haddad Sosia De Haddad
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Nova Diretriz Exige Aprovação do Ministério da Defesa

Após a polêmica envolvendo um vídeo da Marinha que criticava o pacote de ajuste fiscal do governo, o governo federal determinou que todas as campanhas publicitárias das Forças Armadas deverão ser aprovadas previamente pelo Ministério da Defesa. A medida busca evitar a politização das tropas e fortalecer o controle sobre as mensagens institucionais divulgadas.

Polêmica com o Vídeo da Marinha

O vídeo, que acabou sendo excluído pela Marinha, mostrava oficiais em situações de treinamento, atuando em enchentes, mergulhos e simulações de naufrágio. Em contraste, cenas mostravam civis aproveitando a vida com festas, viagens e momentos em família. A peça publicitária terminava com a fala de uma militar:

“Privilégios? Vem para a Marinha”.

Violação de Acordo Entre Governo e Forças Armadas

A campanha foi aprovada pelo almirante Marcos Sampaio Olsen e interpretada como uma violação do acordo entre o presidente Luiz Inácio da Silva e os comandantes militares. O acordo previa uma transição gradual das regras de aposentadoria, permitindo que a idade mínima de 55 anos fosse implementada até 2043.

A divulgação do vídeo gerou desconforto, pois parecia questionar o compromisso do governo com os direitos dos militares.

Reação do Governo e Intervenção de José Múcio

A divulgação do vídeo causou irritação generalizada no governo. Assessores do presidente Lula consideraram a campanha um erro estratégico. Lula chegou a questionar o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, sobre seu conhecimento prévio do vídeo.

Múcio afirmou que não havia sido informado e declarou que, se tivesse sido consultado, não teria aprovado a divulgação da campanha.

Medida para Evitar Novas Controvérsias

Anteriormente, as Forças Armadas tinham autonomia para criar e divulgar campanhas com a aprovação apenas do comandante. Agora, essa autonomia está restringida, exigindo a supervisão do Ministério da Defesa para evitar mensagens que possam ser interpretadas como politizadas ou críticas ao governo.

4 comments
    1. pois é..

      foram moles no final de 2022, agora pagam o preço !!

      “Privilégios? Vem para a Marinha”.

  1. Bem disse o General Figueiredo: pra tirar essa turma do governo agora só a custa de sangue do povo brasileiro, sangue quando ele disse se traduz por pobreza, censura, desmandos, etc.

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