Glenn Greenwald revela que tem mais de 6 gigabytes de mensagens entre assessores de Moraes

O jornal Folha de S.Paulo afirmou que o ministro do Supremo encomendava relatórios à Justiça Eleitoral para o Inquérito das Fake News
Jornalista Glenn Greenwald Durante Depoimento Na CCJ Do Senado Jornalista Glenn Greenwald Durante Depoimento Na CCJ Do Senado
Foto: reprodução

O jornal Folha de S.Paulo afirmou que o ministro do Supremo encomendava relatórios à Justiça Eleitoral para o Inquérito das Fake News

Nesta terça-feira, 13, o jornalista Gleen Greenwald declarou que o jornal Folha de S.Paulo conseguiu acesso a mais de 6 gigabytes de mensagens compartilhadas pelos assessores diretos do ministro , tanto no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A primeira parte do conteúdo recebido foi divulgada pela Folha nesta terça-feira, 13. Segundo a reportagem, o gabinete de Moraes instruiu, por meio de mensagens não oficiais no WhatsApp, a criação de relatórios para “embasar decisões do próprio ministro” contra perfis de direita envolvidos no Inquérito das Fake News.

O juiz utilizou fundos do TSE para participar de decisões no STF durante e após as eleições de 2022.

Segundo o jornal, as mensagens revelam uma colaboração entre os tribunais para perseguir adversários do governo do presidente Luiz Inácio da Silva. O Supremo teria empregado o órgão da Justiça Eleitoral como um setor de investigação, independentemente de se tratar de questões eleitorais ou não daquele ano.

Segundo a matéria, o juiz instrutor que trabalha mais próximo do ministro no STF, Airton Vieira, realizou a maior parte dos pedidos não oficiais. Eduardo Tagliaferro, que na época era perito criminal do TSE, também colaborou no processo.

Naquele período, Tagliaferro estava à frente da “Assessoria Especial de Enfrentamento à desinformação” (AEED) do TSE. Ele deixou a instituição em 2023, após ser detido por suspeitas de agressão doméstica contra a esposa.

A divulgação de uma parte da conversa mostra a ansiedade e a agressividade de Moraes devido ao atraso na execução de suas ordens. O ministro do STF questionou: “Vocês querem que eu faça o laudo?”

“Ele cismou”, afirmou Airton Vieira nas conversas divulgadas. “Quando ele cisma, é uma tragédia.”

Desvendando a Articulação entre o Gabinete de Moraes, TSE e STF

Segundo o que foi reportado pela Folha, um grupo do WhatsApp foi o meio pelo qual ocorreu a conexão entre o STF e o TSE. O juiz instrutor do STF, Airton Vieira, solicitava relatórios a Eduardo Tagliaferro, perito criminal do TSE, por solicitação do Ministro Alexandre de Moraes.

Os relatórios solicitados eram recebidos pelo gabinete de Moraes no Supremo Tribunal Federal. No entanto, o STF caracterizava as investigações e os monitoramentos dos casos como espontâneos, quando na realidade, eram ordenados pelo ministro.

A matéria declarou que, após obter os documentos, o juiz inseria as acusações no Inquérito das “Fake News”.

“Como ele [Alexandre de Moraes] está esses dias sem sessão, ele está com tempo para ficar procurando [publicações da oposição]”, afirmou Airton Viera, em um áudio enviado a Eduardo Tagliaferro, às 23h59 no dia 28 de dezembro de 2022. As informações são da Revista Oeste.

2 comments
  1. Vamos pra cima desse maldito! Esse verme vai ter que ser julgado pelo povo! Mas não tenhamos medo de expor nossas opiniões a respeito! Isso tem que resultar em alguma coisa! Se ficarmos duvidando se vai dar ou não alguma coisa esse escândalo, estaremos participando e incentivando o medo da reação! Vamos pra arregaçar com esses vermes!

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