O jornal Folha de S.Paulo afirmou que o ministro do Supremo encomendava relatórios à Justiça Eleitoral para o Inquérito das Fake News
Nesta terça-feira, 13, o jornalista Gleen Greenwald declarou que o jornal Folha de S.Paulo conseguiu acesso a mais de 6 gigabytes de mensagens compartilhadas pelos assessores diretos do ministro Alexandre de Moraes, tanto no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A primeira parte do conteúdo recebido foi divulgada pela Folha nesta terça-feira, 13. Segundo a reportagem, o gabinete de Moraes instruiu, por meio de mensagens não oficiais no WhatsApp, a criação de relatórios para “embasar decisões do próprio ministro” contra perfis de direita envolvidos no Inquérito das Fake News.
🚨Tivemos acesso a mais de 6GB de mensagens trocadas por assessores diretos de Alexandre de Moraes no STF e no TSE.
August 13, 2024
Este é nossa primeira reportagem sobre o que o arquivo de mensagens revela. Na @Folha, com @FabioSerapiao.https://t.co/7740pM0C3b
O juiz utilizou fundos do TSE para participar de decisões no STF durante e após as eleições de 2022.
Segundo o jornal, as mensagens revelam uma colaboração entre os tribunais para perseguir adversários do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Supremo teria empregado o órgão da Justiça Eleitoral como um setor de investigação, independentemente de se tratar de questões eleitorais ou não daquele ano.
Segundo a matéria, o juiz instrutor que trabalha mais próximo do ministro no STF, Airton Vieira, realizou a maior parte dos pedidos não oficiais. Eduardo Tagliaferro, que na época era perito criminal do TSE, também colaborou no processo.
Naquele período, Tagliaferro estava à frente da “Assessoria Especial de Enfrentamento à desinformação” (AEED) do TSE. Ele deixou a instituição em 2023, após ser detido por suspeitas de agressão doméstica contra a esposa.
A divulgação de uma parte da conversa mostra a ansiedade e a agressividade de Moraes devido ao atraso na execução de suas ordens. O ministro do STF questionou: “Vocês querem que eu faça o laudo?”
“Ele cismou”, afirmou Airton Vieira nas conversas divulgadas. “Quando ele cisma, é uma tragédia.”
Desvendando a Articulação entre o Gabinete de Moraes, TSE e STF
Segundo o que foi reportado pela Folha, um grupo do WhatsApp foi o meio pelo qual ocorreu a conexão entre o STF e o TSE. O juiz instrutor do STF, Airton Vieira, solicitava relatórios a Eduardo Tagliaferro, perito criminal do TSE, por solicitação do Ministro Alexandre de Moraes.
Os relatórios solicitados eram recebidos pelo gabinete de Moraes no Supremo Tribunal Federal. No entanto, o STF caracterizava as investigações e os monitoramentos dos casos como espontâneos, quando na realidade, eram ordenados pelo ministro.
A matéria declarou que, após obter os documentos, o juiz inseria as acusações no Inquérito das “Fake News”.
“Como ele [Alexandre de Moraes] está esses dias sem sessão, ele está com tempo para ficar procurando [publicações da oposição]”, afirmou Airton Viera, em um áudio enviado a Eduardo Tagliaferro, às 23h59 no dia 28 de dezembro de 2022. As informações são da Revista Oeste.
Isso vai resultar em quê?
Vamos pra cima desse maldito! Esse verme vai ter que ser julgado pelo povo! Mas não tenhamos medo de expor nossas opiniões a respeito! Isso tem que resultar em alguma coisa! Se ficarmos duvidando se vai dar ou não alguma coisa esse escândalo, estaremos participando e incentivando o medo da reação! Vamos pra arregaçar com esses vermes!