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Bolsonaro acusa Dallagnol de cometer “tráfico de influência”

O presidente prometeu mostrar evidências do crime

Nesta quarta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro acusou o ex-procurador Deltan Dallagnol de “tráfico de influência”, crime caracterizado pelo aproveitamento de posição privilegiada, própria ou de terceiros, dentro de uma organização para obter benefícios pessoais, geralmente em troca de favores ou pagamentos.

Bolsonaro disse ainda, em conversa com apoiadores, que irá mostrar os indícios do crime durante sua tradicional live no Facebook nesta quinta-feira (16).

O presidente citou as mensagens obtidas pela “Vaza Jato”, forma como ficou conhecida a divulgação de conversas entre Moro e Dallagnol, fruto do trabalho de um hacker, publicada pelo The Intercept.

– Vou mostrar na live o tráfico de influência do Dallagnol. Olha só, hein, pessoal! É bom gravar aí, tá? Naquela operação… Na “Vaza Jato”, aquela troca de mensagens lá, tem uma onde o Vladimir Aras, que é primo do Aras […], pergunta ao Dallagnol: “Você conhece o pastor da primeira-dama?” [Ele responde:] “Conheço”. Depois ele pergunta lá, na frente: “Dá pra marcar uma audiência com ele?”. “Dá”. Daí ele retorna: “Já telefonei. Pode ligar pra ele”. Sabe o que o Vladimir Aras e o Dallagnol queriam, via minha esposa? Colocar um nome na PGR de interesse deles, da Lava Jato – afirmou.

Bolsonaro disse ainda que “a maioria” dos integrantes da Lava Jato votaram no petista Fernando Haddad no segundo turno das eleições de 2018.

– Você sabia que, no segundo turno [das eleições], a maioria do pessoal da Lava Jato votou no Haddad? Nada contra; é direito deles. Mas não era o pessoal que estava combatendo a corrupção do PT? E ‘tá lá, na troca de mensagens, o interesse também, tá ok? – declarou.

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