Falta de insumos e higiene em unidades da estatal obriga servidores a comprar itens básicos do próprio bolso
Diversas sedes dos Correios no Rio de Janeiro estão operando sem fornecer itens básicos de higiene, como papel higiênico, papel toalha e sabonete líquido. Diante dessa situação, os próprios funcionários estão sendo obrigados a comprar do próprio bolso os produtos essenciais para a higiene pessoal.
Entre os prédios afetados está o edifício central da estatal, localizado na Cidade Nova, região central do Rio. Já no prédio de Benfica, na Zona Norte, além da falta de insumos, há relatos de sujeira provocada por fezes de pombos e presença de ratos, que chegam a perfurar correspondências.
Terceirizados sem benefícios e estrutura crítica
Segundo informações obtidas pelo Jornal DIÁRIO DO RIO, trabalhadores terceirizados da limpeza estão enfrentando outra dificuldade grave: estão sem receber os vales transporte e alimentação.
As fontes apontam que o problema estaria relacionado à inadimplência dos Correios com a empresa contratada para prestação dos serviços de limpeza. A falta de repasse teria causado o bloqueio de benefícios essenciais aos colaboradores.
Resposta oficial dos Correios
A reportagem do DIÁRIO DO RIO, entrou em contato com a assessoria de comunicação dos Correios, que respondeu em nota:
“Os itens de higiene utilizados no edifício-sede dos Correios no Rio de Janeiro, localizado na Cidade Nova, são repostos regularmente conforme cronograma. A empresa está apurando eventuais falhas de abastecimento. Sobre os prestadores de serviços de limpeza, os salários estão em dia e os benefícios de vale-transporte e vale-alimentação estão previstos para serem pagos nos próximos dias pela empresa terceirizada.”
Apesar da resposta, o cenário descrito por funcionários e fontes ouvidas mostra que a realidade tem sido bem diferente da apresentada oficialmente, com colaboradores trabalhando em ambiente insalubre e com falta de condições mínimas de higiene.