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Juiz atende pedido do PT e proíbe Datafolha de divulgar pesquisa

Partido alegou que pesquisa teria sido feita para os cargos de governador e senador, mas incluiu perguntas sobre presidente

Uma decisão do juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), atendeu a um pedido da coligação liderada pelo candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT) e concedeu uma liminar proibindo a divulgação de dados de uma pesquisa do Instituto Datafolha a respeito das intenções de voto para presidente da República no estado.

O levantamento em questão possuía questionamentos sobre três cargos: governador, senador e presidente. No entanto, o magistrado negou apenas a apresentação dos números relacionados aos postulantes da disputa presidencial e fixou uma multa de R$ 20 mil em caso de descumprimento. O Datafolha informou que vai recorrer.

A pesquisa, que foi contratada pela rádio Metrópole, de Salvador, começou a ser realizada na segunda-feira (22) e tinha previsão de divulgação nesta quarta-feira (24). Na ação, o PT alegou que a pesquisa estaria “eivada de inconsistências” e que haveria indução ao erro nas questões feitas aos eleitores.

Um dos pontos questionados pela coligação seria o fato de que, no registro da pesquisa, foi informada apenas a mensuração das intenções de voto para governador e senador. No entanto, de acordo com os autores da ação, os questionários também teriam incluído perguntas sobre a disputa pelo Planalto.

Outro questionamento foi sobre uma suposta ausência, no registro da pesquisa, do plano amostral e das ponderações “quanto a gênero, idade, grau de instrução, nível econômico da pessoa entrevistada e área física de realização do trabalho a ser executado”.

A diretora do Datafolha, Luciana Chong, disse não haver razão para impugnação e afirmou que “o instituto cumpriu todas as regras de registro estabelecidas pelo TSE”. Já o proprietário da rádio Metrópole, o empresário e radialista Mário Kertész, disse ser um absurdo a impugnação da pesquisa.

– Ela [a pesquisa] segue um rito legal e obedece aos devidos parâmetros. Isso só faz atrasar o processo democrático – declarou.

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