Influenciador Levou Queixa-Crime Diretamente ao STF
O influenciador digital Felipe Neto acionou o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para sugerir a prisão do jornalista Oswaldo Eustáquio. O episódio ocorreu em agosto de 2020, período em que se intensificaram as perseguições a críticos da Corte.
Felipe Neto alegou ter sido alvo de “diversas ofensas” de Eustáquio nas redes sociais. Em postagens no X, o jornalista o acusou de incentivar a erotização infantil, fazer apologia da pedofilia e relativizar crimes de estupro.
No documento enviado a Moraes, o influenciador admitiu que tais acusações deveriam ser tratadas em uma queixa-crime convencional — o que exigiria a apresentação do caso ao Ministério Público, e não diretamente ao STF. No entanto, ele justificou sua decisão lembrando que Eustáquio já era investigado no Inquérito das Fake News (4.781), conduzido pelo ministro.
Felipe Neto argumentou que o jornalista teria descumprido medidas cautelares impostas por Moraes e, por isso, deveria ser preso preventivamente.
Especialistas Apontam Irregularidade na Ação de Felipe Neto
Advogados especializados em Direito Público consultados pela Revista Oeste classificaram a atitude de Felipe Neto como inadequada.
“Essa conduta viola o devido processo legal e pode ser considerada ilegal nesse cenário”, explicaram os especialistas, destacando que o influenciador agiu em causa própria ao levar a denúncia diretamente ao STF.
Oswaldo Eustáquio: Jornalista Perseguido e Exilado
Oswaldo Eustáquio tornou-se um dos principais alvos do STF desde 2020. Sua primeira prisão ocorreu após ele denunciar o que acreditava ser uma conspiração para remover Jair Bolsonaro da Presidência e devolver o controle político ao establishment de esquerda.
Desde então, ele enfrentou diversas formas de perseguição, incluindo agressões dentro da penitenciária. Segundo o jornalista, esses episódios moldaram sua decisão de deixar o Brasil antes de uma nova prisão.
“Sabia que a minha voz era mais importante fora da cadeia do que dentro dela”, afirmou Eustáquio.
Após se exilar no Paraguai, Eustáquio seguiu para a Espanha, onde atualmente enfrenta dificuldades de adaptação e teme uma possível extradição.
“Não posso firmar raízes, sempre tenho de me mudar”, disse ele, revelando que já buscou asilo político no México.
A situação afetou sua família: sua esposa e uma de suas filhas permanecem no Brasil, enquanto ele cuida dos dois filhos menores.
“Meu filho tem dislexia na fala, e aprender espanhol tem sido uma dificuldade adicional”, relatou.
Para sustentar a família, Eustáquio trabalha no setor de reforma e construção.
“Vivo de subemprego, busco me manter independente. A crise econômica me obriga a ajudar um amigo na construção de estúdios, mas vejo isso como uma oportunidade de criar um ecossistema de comunicação para os brasileiros aqui na Europa.”
Vigilância e Censura Mesmo no Exílio
Eustáquio afirma que continua sendo alvo de censura, mesmo vivendo fora do Brasil.
“A censura não é apenas no Brasil. Mesmo aqui na Espanha tenho enfrentado tentativas de silenciamento por parte de autoridades brasileiras.”
Apesar das dificuldades, ele se mantém ativo politicamente e se engajou com o partido espanhol Vox, que representa a direita conservadora na Europa.
O jornalista também busca apoio internacional para denunciar a situação política no Brasil. Ele já participou de eventos da direita europeia, como o Viva 24, e se aproximou de parlamentares do Parlamento Europeu.
Eustáquio planeja se candidatar a deputado na Espanha ou no Parlamento Europeu, com o apoio da comunidade latina conservadora.
“Quero que o mundo saiba o que tem acontecido no Brasil.”
Está próximo o dia em que todos os perseguidos serão honrados.
Realmente o Felipe Neto é uma criatura exemplar. Como tal deveria ser estudado pela ciência, para descobrir o que ele tem dentro da caixa craniana. Cérebro com certeza não é.