Ministro considera que muitas empresas irão participar do processo de privatização dos Correios
Além de comemorar ter colocado o leilão do 5G de pé, o ministro das Comunicações Fábio Faria (PSD-RN) tem outra missão antes de avaliar sair candidato nas eleições de 2022 ao Senado pelo PP, que é a ‘desestatização’ dos Correios. No momento, segundo o ministro, “tem muitos entrantes interessados”.
– Tenho certeza que tendo essa aprovação do PL, muitas irão participar. Porque é estratégico do ponto de vista de América Latina – apontou.
O cronograma que o ministro trabalha atualmente é que seja votado em novembro no Senado.
Segundo ele, as pautas mais relevantes serão votadas este ano.
– Todo ano eleitoral é sempre mais difícil de aprovar os projetos Por isso minha corrida para o 5G. Outro grande projeto é dos Correios, que é a última janela – defendeu Faria no programa Veja On Air exibido nesta segunda-feira.
Isso porque, nas contas do ministro, a empresa corre o risco de “zerar” a receita com encomendas nos próximos anos diante da concorrência com grandes varejistas. No serviço postal, diz ele, a parte de encomendas é o “filé”. O “osso” é entregar cartas e boletos à população.
– Mas essa receita de encomendas tem perda de 20% a cada ano para os grandes varejistas. Essas empresas estão desenvolvendo serviço próprio de logística. Mercado Livre, por exemplo, hoje entrega só 10% para os Correios – destacou.
Outro problema na comparação com o serviço privado, apontou, é que “quando os Correios saem de greve, não volta [o serviço]”.
– Daqui três anos, pode ser que essa conta esteja zerada e que não tenha mais player interessado. Por isso digo que a janela está se fechando – apontou.