Salários defasados, instabilidade e rotina desgastante impulsionam desistência de militares de carreira
O Exército Brasileiro vem registrando um aumento significativo no número de pedidos de desligamento entre oficiais e sargentos de carreira. De acordo com dados oficiais da corporação, entre janeiro de 2020 e agosto de 2025, foram contabilizados 414 pedidos de baixa de oficiais e 349 de subtenentes e sargentos, totalizando 763 militares que abandonaram a carreira.
Militares de carreira são aqueles que ingressam nas Forças Armadas por concurso público, realizam formacão especializada e adquirem estabilidade funcional. Já os militares temporários podem servir por até oito anos.
Exército não sabe explicar motivos das baixas
Em resposta à Revista Sociedade Militar, o Exército declarou que não possui dados oficiais que expliquem os desligamentos, mas atribui as saídas a “decisões pessoais” dos militares.
Contudo, relatos de integrantes das três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) apontam para motivações recorrentes:
- Salários abaixo da média do funcionalismo federal;
- Reajustes abaixo da inflação e parcelados;
- Demora excessiva para alcançar o topo da carreira: enquanto um policial federal pode atingir o nível máximo em 15 anos, um militar pode levar entre 17 e 25 anos.
Falta de previsibilidade e estrutura preocupa militares
A ausência de previsibilidade nas condições de carreira também é motivo de insegurança e insatisfação. Entre os fatores que causam incertezas estão:
- Aumento nos descontos previdenciários (desde 2019);
- Projetos de lei que afetam o tempo de serviço ativo;
- Ausência de plano de saúde eficiente, com queixas sobre:
- Falta de médicos;
- Equipamentos quebrados;
- Demora na marcação de consultas;
- Supostos privilégios para a cúpula militar e seus dependentes.
Rotina exaustiva e impactos familiares também pesam
Muitos militares apontam que a rotina segue rigidez do século 19, com:
- Jornadas extensas, inclusive em finais de semana e feriados;
- Limitações para férias e licenças;
- Falta de flexibilidade nos expedientes;
- Transferências frequentes, que dificultam a manutenção da vida familiar e comprometem a carreira de cônjuges.
Apenas desde o início de 2024, 211 sargentos e subtenentes pediram baixa, além de 203 oficiais, com destaque para profissionais de medicina e engenharia, áreas com alta demanda no setor civil.
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