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Ex-comandante nega que Bolsonaro tenha mandado caças sobrevoarem STF

Antônio Carlos Moretti Bermudez rebateu a acusação do ex-ministro da Defesa Raul Jungmann

O tenente-brigadeiro do ar Antônio Carlos Moretti Bermudez, ex-comandante da Aeronáutica, negou que o presidente Jair Bolsonaro tenha feito um pedido para que caças da Força Aérea Brasileira (FAB) sobrevoassem o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), como uma forma de intimidação contra os ministros da Corte.

A versão de que Bolsonaro teria ordenado o sobrevoo rasante sobre o STF foi divulgada pelo ex-ministro da Defesa Raul Jungmann, como Oeste registrou. Jungmann, que também ocupou a pasta da Justiça e da Segurança Pública no governo do ex-presidente Michel Temer, disse ainda que a saída dos comandantes das Forças Armadas, em março, se deveu justamente à suposta determinação de Bolsonaro — que não teria sido cumprida pelos chefes militares.

“Comigo, nada foi tratado sobre isso. Não houve nenhuma consulta, nenhuma conversa sobre isso”, disse Bermudez à revista Veja. O ex-comandante da Aeronáutica também rechaçou a tese de que a saída da antiga cúpula militar teria alguma relação com uma suposta interferência de Bolsonaro.

“Eu ainda estou no que chamo de minha ‘licença sabática’, não me envolvendo em Força Aérea, nem em política, nem em nada. Tenho um apreço por todos. O próprio ministro Jungmann, quando foi ministro da Defesa, tinha uma relação próxima e fraterna conosco”, minimizou.

Também em entrevista à Veja, sem apresentar provas, Jungmann relatou o suposto pedido de Bolsonaro. “Ele chamou um comandante militar e perguntou se os jatos Gripen estavam operacionais. Com a resposta positiva, determinou que sobrevoassem o STF acima da velocidade do som para estourar os vidros do prédio. Bolsonaro mandou fazer isso. Tenho um depoimento em relação a isso. Ao confrontá-lo com o absurdo de ações desse tipo, eles foram demitidos”, acusou o ex-ministro.

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