Estadão: Sob Lula, Brasil se desvia de princípios democráticos para se associar à China, Rússia e Irã

Para o jornal, a delegação brasileira na Assembleia da ONU desmoralizou a diplomacia do país
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Foto: Ricardo Stuckert/PR.

Para o jornal, a delegação brasileira na Assembleia da ONU desmoralizou a diplomacia do país

O encerramento da Assembleia-Geral da ONU em Nova York (EUA) nesta segunda-feira, 30, viu o Brasil, liderado por Luiz Inácio da Silva, abandonar sua independência diplomática e seus valores democráticos em favor de um alinhamento com a , Rússia e Irã. Essa é a análise do jornal O Estado de S. Paulo.

No editorial intitulado “O papelão do Brasil na ONU”, lançado nesta terça-feira, 1º, o veículo afirma que o Brasil deixou de lado qualquer indício de independência. Isso ocorreu quando o país escolheu um lado na polarização geopolítica entre o eixo sino-russo-iraniano e as democracias ocidentais, ao decidir boicotar o discurso do Primeiro Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no evento.

“Enquanto isso, diplomatas brasileiros persuadiam países do chamado ‘Sul Global’ a apoiarem a proposta da China para a guerra na Ucrânia, o que na prática equivale à rendição de Kiev aos agressores russos”, criticou o Estadão.

As Contradições de Lula

Segundo o artigo, é possível que Israel tenha ido além e cometido delitos, contudo, sua “mas sua guerra é de defesa”. Foi enfatizado que a intensificação do conflito atual no Oriente Médio teve início um ano atrás, com o violento ataque do grupo terrorista Hamas.

Além disso, desde aquele momento, Israel tem sido alvo de ataques de grupos financiados pelo Irã. O Hezbollah lançou mais de 8 mil foguetes, centenas de drones foram enviados pelos houthis do Iêmen, houve dezenas de ataques pelas milícias xiitas da Síria e do Iraque, bem como centenas de drones e mísseis que foram disparados do Irã.

O artigo também mencionou os mais de cem reféns israelenses mantidos em cativeiro pelo Hamas. Além disso, discutiu os aproximadamente 60 mil israelenses que abandonaram seu país em resposta às hostilidades do Hezbollah.

“Israel pode ter cometido excessos e crimes, mas sua guerra é de defesa”, analisa o Estadão. “Teerã e seus associados terroristas são uma ameaça não só para Israel, mas para as nações sunitas e as democracias do mundo. Ao retaliar suas agressões, Israel pode ter empregado meios eventualmente injustos, mas sua guerra, no geral, é justa”.

No entanto, é evidente no jornal que “a guerra de agressão da Rússia é injusta”. Ainda assim, em vez de contestar as palavras do presidente iraniano, o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, recebeu um lugar de “honra” ao lado de líderes terroristas do Hamas, Hezbollah, Jihad Islâmica e dos houthis.

De forma irônica, ao retomar a ameaça global com uma guerra nuclear, o chanceler russo não sofreu protestos por parte do Brasil na ONU. Enquanto isso, o Vladimir Putin, que foi condenado pelo Tribunal Penal Internacional pelo “sequestro de crianças ucranianas”, entre outros delitos, seria acolhido no Brasil sem ser detido, conforme afirmou Lula.

“O rancor antiocidental de Lula solapa valores comuns e desmoraliza a diplomacia brasileira”, afirma o Estadão. “É pura ideologia, e da pior qualidade”. As informações são da Revista Oeste.

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