Estadão quer reação contra a ‘permissividade institucional’ entre Executivo e Judiciário

Jornal criticou o Supremo Tribunal Federal e o governo Lula
Dez Dos 11 Ministros Do STF Recebem Lula Na Sede Da Corte, Em Brasília, Para Uma Conversa Que Durou 50 Minuto Dez Dos 11 Ministros Do STF Recebem Lula Na Sede Da Corte, Em Brasília, Para Uma Conversa Que Durou 50 Minuto
Dez dos 11 ministros do STF recebem Lula na sede da Corte, em Brasília, para uma conversa que durou 50 minutos - 09/11/2022 | Foto: Divulgação

Jornal criticou o Supremo Tribunal Federal e o governo Lula

Hoje, domingo, 17, o jornal O Estado de S. Paulo emitiu um editorial onde expressou sua insatisfação com relação ao governo e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Depois de afirmar que o Brasil venceu “os ataques do bolsonarismo”, o Estadão emitiu um “alerta”, sobre a “tolerância em relação a ações não republicanas do Judiciário e do Executivo federal”.

Conforme reportagem do jornal Estadão, o ministro Dias Toffoli, por meio de uma reclamação antiga de 2020, estabeleceu uma medida radical que invalida tudo o que foi realizado no Brasil desde o início das investigações da Operação Lava Jato.

“Seja qual for sua motivação — dizem que deseja o perdão de por suas decisões passadas coniventes com o lavajatismo —, o ministro não pode atuar assim”, diz o editorial. “Infelizmente, o restante do STF apenas observou passivamente. A impressão é de desleixo com a imagem do Judiciário. A prioridade seria alinhar-se aos ventos da política.”

Jornal endurece críticas ao Judiciário

Adiante, o Estadão lembra que Toffoli encarregou um órgão do Executivo federal, a Advocacia-Geral da União (AGU), para apurar os supostos danos causados pela Lava Jato. O jornal classificou a medida de “acinte”. Isso porque, de acordo com o jornal, o STF autorizou o governo Lula a usar a máquina estatal contra seus inimigos.

“Tal é o ambiente que, no mesmo dia da decisão de Toffoli, a AGU anunciou a criação de uma força-tarefa para investigar a magistratura e o Ministério Público envolvidos na Lava Jato”, observou o jornal. “Assume-se despudoradamente a ideia de ação coordenada. E pior: com a força-tarefa, o Executivo assumirá nada mais, nada menos, que a função de polícia sobre a Justiça e o Ministério Público.”

Após discordar também de decisões do ministro e afirmar que o juiz do STF não está acima da lei, o Estadão constatou que “não cabe desleixo com o Estado Democrático de Direito, simplesmente porque não está mais na Presidência da República ou porque foi declarado inelegível”. “O governo Lula tem de se submeter à lei”, disse o jornal. “E é preciso chamar suas ações pelo seu nome. É inconstitucional o governo federal investigar magistrados e procuradores.” As informações são da Revista Oeste.

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