Jornal afirma que ‘fomento à cultura’ se tornou uma retribuição ao engajamento ideológico ao lulopetismo
O “governo camarada” sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva tem utilizado o Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC) para alocar aproximadamente R$ 60 milhões de fundos públicos a certos artistas e produtores culturais. Assim, o suposto “fomento à cultura” se transformou numa forma de recompensa pelo comprometimento ideológico com o lulopetismo, conforme afirmado pelo editorial de opinião do jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira, 25.
A denúncia de alguns casos ligados ao Ministério da Cultura, sob a liderança de Margareth Menezes, que instaurou o PNCC em 2023, é feita pela publicação. Conforme o conteúdo do texto, existe um total de 27 comitês de cultura espalhados pelo Brasil. No Distrito Federal, o programa auxilia a Associação Artística Mapati, que tinha como vice-presidente Yuri Soares Franco, o secretário de Cultura do PT-DF.
Logo após a inauguração de Lula, Franco entrou para a Secretaria Executiva do MinC.
“Até o momento, a ONG da qual o assessor era um dos diretores já recebeu R$ 486 mil de um total de R$ 2 milhões em verbas da pasta a serem repassados até setembro do ano que vem”, informou o Estadão.
Um caso “ainda mais estarrecedor” está relacionado ao comitê de cultura do Paraná, segundo o jornal. A suspeita é de que a ONG Soylocoporti, liderada pelo petista João Paulo Mehl, tenha recebido favorecimento financeiro. Além disso, essa mesma organização se transformou em uma plataforma político-eleitoral para o lançamento da pré-candidatura de Mehl a vereador de Curitiba pelo PT.
“Além do apoio da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, Mehl contou com Margareth Menezes em pessoa no evento institucional, transformado em comício”, revelou o editorial.
Manobras do governo Lula ‘não surpreendem ninguém’
O Estadão afirma que as manobras do governo Lula não surpreendem absolutamente ninguém. No entanto, continua sendo “escandalosa” toda essa manipulação de uma política pública para privilegiar alguns “a partir de seu grau de afinidade com o governo”.
“Se a cultura deve ser um meio de expressão plural, abrangendo as múltiplas vozes e manifestações da sociedade, o que se vê na distribuição de verbas por meio do Programa Nacional dos Comitês de Cultura é o exato oposto”, conclui o jornal. As informações são da Revista Oeste.